Lupas (1873)

Temos aqui Ruby Gentry, uma das melhores personagens femininas da era de ouro de Hollywood, num drama absurdamente sagaz e impecabilíssimo sobre o lugar da individualidade nas relações humanas. E Vidor foi um grande cineasta, grande demais para o Oscar.

Snyder é um diretor de fotografia que se mete a diretor rico, tudo prova e invoca isso e aqui não é diferente - mais pra mal do que pra bem.

'- Me dê um exemplo de niilismo inebriante perpetuado entre as belas-artes do mundo.' THIS.

Chega a dar dó do que sobrou, em 2010, para grandes mestres poderem atuar na grande indústria. Uma falta de respeito por quase duas horas.

Ambientado por um realismo constante e basilar, se a palavra de 'Lobo' foi “Fuck”, a palavra-chave aqui é outra: “Money”. Se em 'Cassino' Scorsese fez um enorme panorama sobre o Ser e o Ter, esse não precisa de glamour pra ser (quase) tão bom quanto.

O 'A Caça' nacional surpreende, com sua diretora construindo uma meticulosa atmosfera de tensão e paranoia em torno de acusações injustas, ou não. Daniel manda bem como Rubens, mas se o personagem fosse negro e favelado o filme seria ainda mais relevante.

Terry Gilliam wanna be Michael Powell. Don't.

O melhor da série.

Quero tatuar 'Eu odeio a Warner' depois disso. É um frankenstein condenado impiedosamente pelos próprios inventores que se dizem fãs do maravilhoso material original. Nem a maior cegueira do maior fã da DC salva LJ do desastre cinematográfico absoluto.

Sorkin se revisita e filma bem o que é dele, num típico suspense oriundo de uma mente labiríntica e que conhece muito bem a sua história de trás pra frente. Mas queria mesmo era ver essa Chastain de 'Molly's Game' dirigida pelo de Palma, dos anos 80. Uau.

Melhor coisa foi o Wright ter mandado a marvel se foder e investir na sua própria adrenalina - muito mais que em um mero videoclipe, o que foi uma surpresa pra mim. Fato é que após os 6 minutos iniciais, ignorar 'Baby Driver' fica bem, bem difícil.

Um dos membros principais da lista das grandes experiências sensoriais esquecidas de sempre, pois se Kubrick e Tarkovski buscavam o acessível no inacessível, Zulawski torna ainda mais inextricável e insuportável o que, essencialmente, já o é. Árduo.