Lupas (749)

Spielberg ainda se abraça aos maniqueísmo típicos de seu cinema de melodrama patriótico, mas seu 'Ponte dos Espiões' é uma aula de condução narrativa e perícia técnica, dando vida a alguns dos momentos mais belos e intensos do ano. Filmaço.

O tapa na cara de Sam Mendes. 'Beleza Americana' é sombrio, assustador e severamente engraçado.

O retorno de Sam Mendes aos moldes de 'Beleza Americana' é um romance devastador e cruelmente impiedoso diante da deterioração gradativa de uma convivência conjunta. Winslet está excelente.

Nem mesmo a aura nostálgica de terror slasher dos anos 80 salva este terror medíocre da vergonha alheia, apesar de ainda ter três ou quatro cenas bem dirigidas.

Filme de premissa curiosa, mas execução estranha, que dá a impressão de não se decidir por uma veia mais misteriosa ou pelo humor zoado. Não se sai muito bem em nenhum dos dois prismas.

O abandono do "realismo" da série (que havia se tornado negativamente pretensioso) e o mergulho em algo mais fantasioso traz uma perspectiva curiosa e diferente, mas quase não há resquícios de arrepios ou sustos decentes. AP, definitivamente, pode acabar.

Comédia exageradamente divertida sobre os falsos alicerces de uma burguesia e a quebra desses pilares, numa pegada escrachada e sarcástica deliciosamente equilibrada de Bognadovich. Talvez as melhores risadas do ano estejam aqui.

A Pixar novamente reciclando novamente suas ideias e conceitos, o que não é algo ruim, quando a fórmula já pouco envolve ou emociona, como aqui. Mas é sim uma animação inteligente, sutil, e capaz de dialogar bem com boa parte do público.

O de sempre.

Há os filmes que, de tão ruins, se tornam bons; e há aqueles que, de tão ruins, continuam ruins. 'Anaconda', certamente, se encaixa na segunda categoria. Exemplo clássico de temática trash que, pela falta de "pegada" dos envolvidos, não funciona.

O misto de romance e tragédia mais avassalador e tocante já trago pelo Cinema ao mundo, e que simplesmente não envelheceu, permanecendo firmado como um dos mais poderosos espetáculos já concebidos.

Greengrass não poupa medidas em levar o espectador tão perto da ação, ao ponto de REALMENTE nos fazer acreditar que estamos ali, de fato, acompanhando cada passo do fatídico acontecimento do vôo 93. Nervoso é pouco.