Lupas (749)

Além de Bullock segurar e levar o filme muito bem nas costas (mesmo tendo um curioso Michael Caine ao seu lado), o roteiro é inspirado nas gags e diálogos, e Donald Petrie acerta no tom de descompromisso do filme. Diversão das melhores.

Só faltou a tal simpatia.

Noir finíssimo dos Coen, com todo o humor negro característico dos irmãos e também uma ode aos anos 50 e seu cinema sombrio, de personagens apáticos, porém humanos. É algo digno de Hitchcock.

Stone brincando com seu próprio estilo parece funcionar ainda melhor do que Stone tentando ser autoral. Filme antiquado, porém deliciosamente estranho e engraçado.

O caos da intolerância religiosa em um tratamento cru, mas também poético, regado por uma fotografia cuja beleza contrasta com o sentimento de opressão sufocante. Só não é melhor devido ao seu ritmo cambaleante.

Ainda é difícil não pensar em como este filme ficaria nas mãos de Kubrick, o que não invalida o belo resultado de Spielberg,que entre excessos sentimentais, ainda constrói um tocante filme sobre a busca pelo amor no âmago familiar. Piegas, mas verdadeiro.

Bonito mosaico entre a glória do passado e a incerteza do presente, diminuído apenas por alguns plotos e situações que insistem em causar certa vergonha. O elenco, entretanto, está bem à vontade em cena.

Tendencioso e covarde, surpreende que uma produção deste porte seja tão mal feita e pessimamente montada, sentimentalmente abusiva (nem mesmo John Williams é tão pedante na trilha sonora) e com um elenco deveras desconexo entre si. Bomba é pouco.

O romance ácido de Leo Tolstoy ainda está para encontrar sua versão definitiva no Cinema, que ainda não deu à luz a uma leitura que faça jus a obra literária. Esta versão televisiva, em especial, é particularmente fria.

Joe Wright se preocupa tanto com a técnica (esta impecável, diga-se) e sua exibição da mesma, que esquece do coração e sentimentos do filme, algo indispensável numa adaptação de uma obra de Leo Tolstoy.

Um belo thriller vagabundo.

Os irmãos Marx (Groucho, em especial, era brilhante) satirizam a falsa ideia de liberdade vendida pelos EUA, algo ainda mais visível nos dias de hoje, por meio de diálogos inteligentes e ágeis e algumas das gags mais engraçadas que o Cinema já viu.