Lupas (546)

Realmente, o ponto forte do filme é todo o arco principal, o do menino no barco, sendo de uma beleza ímpar, com diversos frames que serviriam como quadros emoldurados.

As tomadas de câmera, como a cena de abertura em primeira pessoa, até hoje não envelheceram. O filme pega um ritmo bom a partir do segundo ato, quando fica mais claro os conflitos entre Hyde e Jekyll.

Diferentemente do aviso de “Careless talk costs lives”, Ray com muito cuidado e sutileza desconstrói em pleno deserto a vida dos soldados, explorando cada uma de suas fraquezas, expostas nos seus diálogos e nos seus olhares.

Apesar de nem sempre as partes lúdicas funcionarem, eu fiquei com vontade de jogar o celular no vaso sanitário depois de ver esse documentário.

Realmente intenso, acompanhando o ritmo de vida do seu protagonista. Desde o começo do filme, temos a sensação de que Howard está fazendo tudo errado, piorando a cada momento. E sabemos que ele não vai voltar atrás.

Uma comédia romântica com Jar Jar Binks.

Um filme mais duro e mais difícil de se assistir do que aparenta. E ainda assim cativante, ao discorrer além da saúde mental (tema principal) mas também sobre altruísmo e o senso de companheirismo das pessoas, ao estender a mão para quem precisa, mas não sabe.

As boas atuações e boas cenas dos júris disfarçam o fato desse filme ser bem ingênuo para uma história "diabólica".

Implosão dos valores e modelos familiares estadunidenses em plenos anos 50. Curioso que as melhores cenas, em um filme ácido como esse, são as menos ácidas, como quando Platão descobre uma familia em seus amigos. E, quando se descobre o quê aconteceu com James Dean pouco tempo depois das filmagens, algumas falas desse filme ganham ainda mais significado.

Bons efeitos práticos não envelhecem.

Depois de três filmes o McQueen ainda tem que aprender as mesmas lições de moral?

Boas atuações e atmosfera. Mas a tensão está concentrada no segundo ato, e isso não é bom para um filme de suspense.