Lupas (1003)

Pra um tema dos mais desgastados, o filme manda bem na metalinguagem e no terror sugerido (o filho morimbundo é sinistro). A coisa despenca na 2a metade, quando a sutileza é trocada pela ação sem sentido e pelo gore explícito. JJLeigh, o que vc faz aqui?

Há um excesso de personagens sem função, e a trama é um pouco confusa e redundante além da conta, mas as incríveis cenas de ação, reais estrelas do gênero, compensam todas essas falhas. Inferior a MI:5, o melhor da franquia, mas ainda assim bem digno.

Tem os mesmos defeitos (pouco humor, excesso de personagens e muito falatório) e virtudes (cenas de ação) do 1o filme. Mas vai bem ao eleger a mulher como o motor da trama, e o pai como o herói sem capa. Entre prós e contras, "Os Incríveis 2" é bacaninha.

Demora pra começar, o vampiro é mais irritante que engraçado, e a história é muito bobinha pra sustentar um filme. Melhora após o início do cruzeiro, quando os coadjuvantes e a vilã ganham mais espaço. Assim como os episódios anteriores, just for kids.

O estilo cool de Edgar Wright, que, mesmo à distância, dava o tom do 1o filme, some numa sequência que perde muito tempo falando sobre espaço-quântico, falha na construção da vilã e do seu mentor, e não acerta nem mesmo nas piadas. Marvel em tom menor.

Melhora a partir do assalto, quando a montagem mais ágil dá energia a um filme até então morno, e o ar geral de empáfia, sobretudo da Sandra Bullock, é trocado pelo ardil do golpe. Mas pelos talentos envolvidos, é pouco. Hathaway e Cordem roubam a cena.

Gerwig debuta na direção ao estilo Baumbach, com um coming of age bacaninha, sensível e com alguns bons momentos, sobretudo nas cenas entre mãe/pai/filha. Mas, no limite, não deixa de ser um "Fala Sério, Mãe!" com grife e um hype prá lá de exagerado.

Espécie de "Sex & City" geriátrico, que se sustenta muito no carisma do elenco e uma visão modernosa do sexo na 3a idade. Mas a piada esticada não segura o filme por muito tempo, e o frescor inicial se perde em redundâncias e banalidades. Bacaninha e só.

Tem bons momentos (plano-sequência no giroscópio), mas também os mesmos defeitos da série: muito falatário no 1o ato, e ação desenfreada no 2o, personagens estereotipados, e, sem um Spielberg no timão, tensão zero. Assim como os dinos, saga a ser extinta.

Howard mira em "Moby Dick" e acerta em "O Grande Motim" e "Mar em Fúria", mas sem aprofundar a rivalidade entre a tripulação, nem a obsessão do herói pela baleia branca. A montagem clipada e as lentes grande-angulares só pioram as coisas. Filme à deriva.

Hassum é pop, mas suas limitações como ator são óbvias, sobretudo aqui, em que o mix de Jerry Lewis, Paulo Gustavo e Fábio Porchat fazem dele mais um tonto do que um pai dedicado. Pior, a virada dramática do final é abrupta demais, e afunda o filme de vez

Atriz subestimada (além de gata toda vida), Diane Lane merecia bem mais que um projeto tão quadrado como esse, que, ao contrário dos seus cavalos, cruza a linha de chegada sem nenhum sobressalto. Filme família, padrão Disney, que já nasceu embolorado.