Lupas (1003)
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Já há algum tempo, PTA trocou o seu cinema louco e radical de "Boogie Nights" e "Magnólia" por obras irritantemente solenes e falsamente profundas. "Trama Fantasma" repete os mesmos tiques, e o resultado é o mesmo dos filmes anteriores do diretor: chato.
Régis Trigo | Em 07 de Janeiro de 2019.
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Iannucci fez a versão russa do seu "Veep": diálogos cortantes, humor mordaz, e momentos hilários. Infelizmente, o ritmo e o nível das piadas cai bem na 2a metade, mas ainda assim é bem acima da média do gênero. Destaque para a cena da votação no comitê.
Régis Trigo | Em 02 de Janeiro de 2019.
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O roteiro tenta escapar das armadilhas do filme de gênero, inserindo a questão política como motor do luto, do julgamento e da vingança. Mas o disfarce não funciona, e o resultado fica uma cópia piorada de "21 Gramas". Do Fatih Akin, eu esperava bem mais.
Régis Trigo | Em 02 de Janeiro de 2019.
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Um Ridley Scott mais encorpado, que acerta quando foca no fascinante personagem de Getty, cujas várias facetas carregam o filme nas costas. A parte do sequestro em si e a passividade de Whalberg puxam a coisa pra baixo. Ainda assim, o saldo é positivo.
Régis Trigo | Em 01 de Janeiro de 2019.
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As coreografias e canções não marcam e alguns suplots são inúteis (a cena com Meryl Streep). Mas pior ainda é ver Mary Poppins transformada em uma coadjuvante do seu próprio filme (nem do espetáculo final ela participa). Os tempos de "Chicago" vão longe.
Régis Trigo | Em 01 de Janeiro de 2019.
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Assim como em "Uma Vida em Suspense" e "Locke", com os quais "Culpa" dialoga, Möeller transforma o confinamento dos cenários em elemento dramático (a luz vermelha dos telefones como um confessionário) e de expiação da culpa do protagonista. Bom filme.
Régis Trigo | Em 30 de Dezembro de 2018.
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Há muito a se admirar em "Benzinho", desde a força do elenco, a universalidade e a despolitização dos temas, a ternura pelos personagens, e as simbologias do roteiro. Mas é tudo tocado num tom tão ameno e inofensivo, que o filme passa mas não marca.
Régis Trigo | Em 30 de Dezembro de 2018.
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Mix de falso-documentário e road movie, em que a dupla de artistas viaja pelo interior da França em busca de rostos anônimos e suas histórias. A força das memórias de Varda quebra a redundância das cenas de colagem, e tornam o filme em uma pequena jóia.
Régis Trigo | Em 28 de Dezembro de 2018.
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Já reconhecido como grande roteirista, Aaron Sorkin estreia na direção bem demais: senso épico de narrativa, montagem rápida (que casa com a velocidade do seu texto), e, pra ajudar, uma Jessica Chastain que arrasa quarteirão. Scorsese ficaria orgulhoso.
Régis Trigo | Em 28 de Dezembro de 2018.
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Coixet percebe a falta de uma história pra contar, e força a barra na criação de "vilões" que estimulem o conflito com a protagonista. Tirando isso, sobra um conto digno sobre o amor aos livros, britanicamente solene, com ecos de "84 Charing Cross Road".
Régis Trigo | Em 28 de Dezembro de 2018.
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Mix entre um "Fim dos Tempos" melhorado e "A Quiet Place" piorado. O início é promissor, mas a falta de tensão, os atores desperdiçados, e o final anticlimático puxam a coisa pra baixo. A rigor, um filme B vitaminado pela presença de Bullock e da Netlfix.
Régis Trigo | Em 27 de Dezembro de 2018.
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Inspirado em "A Última Missão", de Ashby, Linklater aborda a passagem do bastão e o significado da guerra entre duas gerações de americanos. O trio de atores está ótimo, mas a falta de conflito e o final morno tornam ameno um material que podia ir além.
Régis Trigo | Em 27 de Dezembro de 2018.