Lupas (929)

Humor negro de primeira e uma das maiores homenagens aos filmes B que o mainstream de Hollywood já realizou. Agora entendo porque tinha tanto medo dele quando pequeno... De infantil não tem NADA.

Se o personagem perdeu sua magia, filmes como esse provam que o cinema é imortal. Assim como a animação tradicional, quando bem utilizada.

O Predador é mais ou menos como o Vega, na versão americana do Street Fighter: quando a máscara cai, é porque o bicho tá perto de morrer. Sai a selva pesada, entra a selva de Los Angeles, onde tudo ficou menor e mais escrachado.

Um embate histórico muito bem reproduzido, e também um dos melhores filmes de Ron Howard.

Feito para quem é fã, e só para eles mesmos. Pensando bem, talvez nem para eles.

A vida não é perfeita e o filme faz questão de a todo momento nos lembrar disso. Ainda que haja uma certa luz no fim do túnel, a força do filme reside justamente nesse contraste entre felicidade e tristeza.

O modo como Hitch brinca e passeia com sua câmera é genial, o suspense torna-nos cúmplices de tudo o que estamos vendo e o texto completa de forma perfeita toda esta obra a ser estudada, vista e revista ao longo dos anos.

Um grande estudo de personagem, onde cada um é o que é, com sua vida, costumes, família, mesmo que estejam fora dos padrões hipócritas da sociedade.

Vários pontos são previsíveis, mas não deixe que isso nebline a complexidade filosófica do roteiro dos Nolan.

Tinha tudo para ser chato e repetitivo, mas, ao contrário disto, é carismático, bem contado e reflexivo. Envelheceu muito bem.

São filmes como esse, simples em forma e complexos em conteúdo, que fazem o cinema valer a pena.

A melhor canção de Nine é uma que não foi feita para o filme; e, como um musical, isto é algo terrível. Não tem a energia de Chicago e nem o romantismo trágico de Moulin Rouge. Fellini deve estar se revirando no túmulo, mesmo com a linda fotografia.