Lupas (759)
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Envolvente do início ao fim com seus personagens e pistas intrigantes, a escala de suspense aumenta vertiginosamente num belíssimo trabalho de direção de Jean Delannoy e da trilha sonora de Paul Misraki, contando ainda com a marcante presença da lenda Jean Gabin, aqui na pele do destemperado inspetor Maigret. Recomendado pra quem gosta de um bom mistério e tentar desvendar quem é o autor dos assassinatos.
Daniel Borges | Em 15 de Março de 2020.
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Numa das mais sensíveis atuações de sua carreira, Delon vive alguém com um fardo inimaginável, no qual a reincidência lhe é arrancada a força após uma série de injustiças (embora de forma maniqueísta). Suas cenas reconstruindo a vida (após a morte da esposa), divertindo-se e reencontrando novos propósitos é tocante e bela, o que torna o seu desfecho cruel extremamente doloroso de se ver. Gabin exalando melancolia e desencanto fecha com chave de ouro este filme denúncia. Lágrimas vieram fáceis.
Daniel Borges | Em 17 de Fevereiro de 2020.
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Trintignant engole o filme com uma interpretação profunda, aterradora e imprevisível, representando um dos psicopatas mais procurados da França na década de 40, elevando a tensão e os momentos de suspense. Alain Delon em um ótimo papel como o inspetor cada dia mais frustrado, apresentando um teor psicológico interessante (em certo momento ele diz até compreender o assassino). Lembrando bastante os melhores policiais de Melville, esta é uma obra com emoção do início ao fim.
Daniel Borges | Em 17 de Fevereiro de 2020.
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O filme que marcaria a última parceria de Scott com Boetticher é um dos mais fascinantes deste ciclo de westerns, desenvolvendo com eficiência até mesmo os personagens secundários, em uma história de roer as unhas tamanha aflição. O cinemaScope utilizado com extrema beleza e magnitude, dando a perfeita dimensão das perseguições no vasto e árido velho oeste, envolvendo índios e interesses obscuros dos coadjuvantes. Um dos melhores exemplares do período, um tesouro a ser desfrutado.
Daniel Borges | Em 09 de Fevereiro de 2020.
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A solidez de Hayes em encarar uma situação tão adversa é um dos pontos chaves desse filme menos pessoal de Boetticher em seu ciclo de westerns com Randolph Scott, levando outra vez sua ação para a cidade. Aqui temos Karen Steele em um papel mais desafiador e ela não desaponta, mas o destino de um jovem personagem na trama poderia ter recebido melhor tratamento, o fato logo é esquecido. No mais, outro grande espetáculo dramático e de muita energia da dupla Boetticher e Scott.
Daniel Borges | Em 08 de Fevereiro de 2020.
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Com ecos em 'Matar ou Morrer', este atípico exemplar do ciclo ranown traz um Randolph Scott no limite da amargura, e mesmo que novamente busque vingar a morte da esposa como em outros filmes do ciclo, aqui entram elementos que confrontam suas atitudes desconstruindo-o completamente, abrindo espaço para uma das mais melancólicas interpretações do ator neste período. Filmaço!
Daniel Borges | Em 08 de Fevereiro de 2020.
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Sem dúvidas o melhor das continuações 'oficiais' da série, rivalizando com o primeiro em momentos sublimes, tiroteios, reviravoltas e boas sacadas. Novamente tudo gira em torno de ouro, e desde os primeiros minutos a trama captura nossa atenção de forma bem eficiente. Garko está muito a vontade no papel de Sartana, desenvolvendo cada vez melhor os trejeitos e sua personalidade. Belíssimo faroeste spaghetti.
Daniel Borges | Em 04 de Fevereiro de 2020.
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Carnimeo substituí Parolini assumindo as rédeas da franquia, dando-lhe dinamismo, explorando o lado ilusionista de Sartana e apresentando grandes antagonistas. Os truques com cartas e os jogos são mais interessantes aqui, fazendo a trama avançar com muita criatividade, além de um Klaus Kinski inspiradíssimo no papel de um viciado em jogatina bem azarado, numa participação maior e mais inspirada que no primeiro capítulo. Grande entretenimento.
Daniel Borges | Em 03 de Fevereiro de 2020.
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Aqui temos o retorno de Garko (de visual novo) no papel de seu inesquecível personagem, resgatando a seriedade dos tiroteios e sua aura espectral, como nas sequências em que praticamente se teletransporta e quando os vilões não conseguem acertá-lo, mesmo com pouca distância. A história está longe de ser marcante ou de apresentar interessantes personagens (como Kinski e Southwood dos episódios anteriores), resumindo-se a um divertimento rasteiro e sem grandes inspirações.
Daniel Borges | Em 03 de Fevereiro de 2020.
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A troca de Garko por Hilton não me incomodou hora alguma neste capítulo extremamente divertido, com as já conhecidas reviravoltas no roteiro, a índole dos personagens e a máxima de que nada é o que parece. O diferencial aqui (e que o deixa superior ao segundo capítulo) é sua trilha sonora e a marcante participação de um aparente antagonista chamado Sabata, que mesmo aparecendo perto do fim, gera ótimos momentos ao travar força e inteligência com Sartana. Entretenimento garantido.
Daniel Borges | Em 03 de Fevereiro de 2020.
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A estreia oficial de um dos mais célebres personagens do faroeste italiano veio em grande estilo, apresentando-o envolto à mistérios e muitos truques na manga, em uma trama com tantas reviravoltas que te deixará perplexo em algum momento, tamanho a quantidade de personagens se relacionando e trapaceando uns aos outros na busca pelo ouro. Perseguições, grandes tiroteios e sacadas completam o pacote, pecando apenas pela falta de uma trilha mais envolvente à altura do clássico, aqui é bem tímida.
Daniel Borges | Em 01 de Fevereiro de 2020.
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Medo, delírio, superstição, folclore, sonho... a atmosfera aqui é muito bem construída, e mesmo que não tenha maiores sustos, é justamente essa horripilante sensação que paira no ar desse lugar gélido e inóspito que te prende a atenção até o final. Não a toa venceu o Globo de Ouro como Melhor Filme de Fantasia se tornando um marco para o cinema fantástico finlandês.
Daniel Borges | Em 27 de Janeiro de 2020.