Lupas (759)
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A riqueza da vida e o tempo como o maior e único condutor da realidade. Viver o presente e apreciar a natureza, os pequenos detalhes do dia-a-dia que isolados podem não ser nada, no conjunto são tudo. Viver esperançoso ou amedrontado por uma vida após a morte é desperdiçar o que mais existe de belo em nossa curta existência. Obra-prima do cinema iraniano, com paisagens e poemas encantadores.
Daniel Borges | Em 26 de Abril de 2020.
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Aranda discute através do mito de Carmilla vários tabus da sociedade espanhola da década de 70, como a repressão sexual, repulsa, desejo, machismo e submissão no casamento, num interessante jogo psicológico que por muitas vezes te deixará pensando se as situações são reais ou não (como o estupro no início), mas que no fim é sacramentado pela revelação das atitudes de um personagem central. A violência aqui não é constante, mas quando aparece é visceral (literalmente).
Daniel Borges | Em 26 de Abril de 2020.
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Sem muita violência, ataques vampirescos ou sangue, esse filme pode desapontar aqueles que buscam algo como o seu pôster chamativo sugere, mas pode agradar aqueles que gostam de uma pegada mais sugestiva e de uma lenta construção de atmosfera, aliás o filme tornou-se um cult pela sua direção estilizada e um contorno psicológicos dos personagens, aqui contando a história da Condessa Bathory, numa ótima atuação de Delphine Seyrig. Não achei marcante, mas é um bom passatempo.
Daniel Borges | Em 25 de Abril de 2020.
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Melhor roteirizado e atuado, este é o melhor capítulo da trilogia Karnstein, trazendo Peter Cushing num raro papel desprezível, mas que embora num papel de 'vilão', seu carisma engole o filme. As gêmeas Collinson são as atrizes mais belas da trilogia, com sedução e inocência caminhando lado a lado. A trama vai do vampirismo à caça às bruxas e a intolerância das inquisições, prendendo sua atenção até seu ótimo clímax na mansão Karnstein. Uma das mais belas produção da Hammer.
Daniel Borges | Em 25 de Abril de 2020.
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Depois de perder o diretor Terence Fisher, a musa Ingrid Pitt e a lenda Peter Cushing, realmente ficou difícil as coisas para este filme. Bem inferior no quesito atmosfera e ataques em relação à seu antecessor, este deixa o lado sinistro de lado para dar lugar a um romance bem estranho e sem sentido, com Yutte Stensgaard tentando se equilibrar entre o bem e o mal de forma ridícula. Ainda tem o Christopher Lee do Paraguai pra fechar a tampa do caixão. Infelizmente não é um bom entretenimento.
Daniel Borges | Em 20 de Abril de 2020.
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A cenografia deste filme é ótima e chama atenção, em outra bela produção da Hammer, adaptando desta vez a vampira mais famosa da literatura gótica: Carmilla, aqui vivido pela estonteante Ingrid Pitt, que embora pareça bem mais velha para o papel de alguém com 17, rouba o filme pra si, mesclando ataques ferozes com muita classe e erotismo. Ainda temos Peter Cushing, aquela atmosfera de horror inebriante e uma trilha bacana, não tinha como dar errado.
Daniel Borges | Em 20 de Abril de 2020.
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Bava mais uma vez mostrando que dá pra fazer uma limonada com bagaços de limão, num filme que parece ter sido orçado com dinheiro de pinga, obrigando o maestro do macabro e seu filho Lamberto a se virarem e criarem inúmeros efeitos práticos e fantasmagóricos. Embora não seja tão marcante quanto outras dezenas de trabalho de Bava, é um desfecho que reafirma todo o trabalho e criatividade em lidar a vida toda com produções de baixíssimo orçamento e ainda assim realizar obras atemporais.
Daniel Borges | Em 20 de Abril de 2020.
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A combinação perfeita entre a montagem de Ruggero Mastroianni, a trilha perturbadora de Ennio Morricone, a direção inebriante de Elio Petri e claro, as atuações devastadoras de Nero e Redgrave, fazem deste filme uma verdadeira descida ao inferno na mente de um artista em profundo desequilíbrio, físico e mental, refletindo em sua criação ao passo que realidade e pesadelo se misturam ficando impossível lhes distinguir. Bela, cínica e desagradável metáfora sobre hipocrisia, inspiração e alienação.
Daniel Borges | Em 19 de Abril de 2020.
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Agora entendo o motivo de Christopher Lee afirmar que este é seu filme preferido produzido pela Hammer. Filmado com elegância, atmosfera esmagadora de suspense, poucos personagens... esta é uma experiência única e de grande entretenimento, na qual suas reviravoltas te deixará perplexo, não soando forçado hora alguma. As atuações do trio principal são hipnóticas, além de uma participação de luxo de Lee. Obra-prima do terror psicológico que não precisa de nenhum jump scare pra meter medo.
Daniel Borges | Em 19 de Abril de 2020.
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Não dá pra levar a sério essa história e seus personagens, todos de caráter duvidoso (do xerife, moradores aos protagonistas), numa trama 10 vezes menos chocante que o original, que não mete medo em ninguém. De bom aqui (e isso quer dizer bastante) temos a beleza sempre marcante de Alexandra Daddario e uma subversão interessante no clímax, apesar de nunca ter dado em nada.
Daniel Borges | Em 18 de Abril de 2020.
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O filme mal acabou e já estou com vontade de rever. Impossível não gargalhar e se emocionar com Rick e Cliff, que amigos!! e que sensibilidade do velho Taranta...
Daniel Borges | Em 16 de Abril de 2020.
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Sadismo seria a palavra mais adequada para descrever esse turbilhão visceral de assassinatos, num filme que aposta no suspense, no gore e erotismo pra conquistar as audiências. A ótima atmosfera de que algo nunca parece ser o que realmente é te gruda na cadeira até a grande revelação do assassino, tornando esse filme um dos grandes exemplares do gênero giallo/slasher da década de 80.
Daniel Borges | Em 13 de Abril de 2020.