Lupas (759)

A coisa tava tão feia pra Amicus em meados dos anos 70, que aqui trouxeram um cachorro pra interpretar um lobisomem, pulando e correndo de um lado para o outro sem objetivos claros. Aliás a história ou muito menos essa porção de personagens bizarros possuem coerência, ficando de diversão a trilha sonora e o estilo blaxploitation do protagonista e a interação junto ao público sobre quem seria a fera. O filme literalmente para e te dá 30s pra tentar descobrir, ao faltar 10min para seu fim.

Um zapata western de grande qualidade, muito bem escrito e repleto de grandes momentos, tiroteios, reviravoltas, e uma ótima trilha de Morricone pra completar, fazendo deste filme político um misto de sensações no mínimo estranhas, pois de uma hora para outra não sabemos mais quem é o protagonista, apenas homens, mulheres e crianças inseridas num meio onde apenas a violência e a determinação são capazes de mover seus destinos. Poderia ter meia hora a menos, pra ficar perfeito.

Um Romeu & Julieta belo, trágico, apaixonante...Romy Schneider e Alain Delon lindos numa história de puro amor, envolvimento, num filme também engraçado e de ótimo ritmo. OBRA-PRIMA!

Um filme homenagem a um período alucinante, construído e destruído por sonhos, desejos e desilusões. A vontade era de mudar o mundo, mas no fim, apenas os indivíduos foram transformados. Aqui as atuações são viscerais.

Toda a sensibilidade da direção de Kitano à serviço da criação de sensações inigualáveis, buscando nos detalhes mais simples a verdadeira beleza da vida. O final com todos é inesquecível.

A brilhante direção de Murnau é um espetáculo à parte, com suas sobreposições, ângulos e a condução orgânica com que comanda os personagens, uma super produção que envelheceu muito bem e ainda nos surpreeende após quase 100 anos de seu lançamento. Impossível não ficar com o coração apertado na cena do resgate à esposa, você sente ali todo o peso de uma possível consequência após momentos de grande ternura na cidade, culminando num desfecho maravilhoso, otimista, de beleza sem igual. OBRA-PRIMA!

O clima bizarro que se instaura desde os primeiros segundos de filme permanecem incomodando até seu desfecho marcante, numa viagem alucinante de muita violência e um humor quase desconcertante, equilibrados com uma naturalidade monstruosa por Landis. Impossível não dar risada com as aparições de Jack, assombrando o amigo, e claro da transformação dolorosa de David na criatura. Filmão pra se divertir muito!

De nível mediano, tem toda aquela pegada de filme pra TV e tudo mais, mas o melhor de tudo é ver Chris Reeve nesse papel, muitas vezes nós confundimos o personagem do ator, em seu discurso repleto de otimismo em relação à cura da paralisia. No mais, vale como uma grande curiosidade acima de tudo!

A trilha de Morricone é um espetáculo à parte, quase um personagem próprio de tão marcante, revivendo até mesmo temas lendários de "Era uma vez no Oeste", contribuindo para criar uma sensação de fábula num filme-homenagem repleta de referencias, saudosismo e melancolia de um gênero clássico que ficava cada vez mais num passado glorioso. A passagem de bastão entre Fonda e Hill é brilhante, além de ser extremamente divertido toda a inverossimilhança de desenho animado. Grande entretenimento!

Com um orçamento bem maior do que o de Nova York, Carpenter expande sua crítica ao expor à falsa moralidade da sociedade americana, com personagens e situações atemporais, bizarras e extremamente criativas. Aqui o presidente dos EUA e Cuervo Jones são a mesma engrenagem do processo, e Snake, mais PRESENÇA do que nunca, no meio disso tudo surfando na cidade, jogando um basquete infernal e chutando bundas com estilo, num dos desfechos mais sensacionais possíveis. FILMAÇO!

A química dos astros é excelente e rende momentos bem inspirados (com certeza em algum momento te arrancará uma risada), mas a história é das mais genéricas possíveis, não permitindo ser mais que um bom e rasteiro passatempo vagabundo.

O filme começa num hype full power, os perigos do desafio são colocados à mesa e somos jogados num mundo anárquico, irônico e visualmente excepcional, mas como em muitos filmes de Carpenter, o roteiro e a montagem não é muito o forte aqui, restando toda a loucura psicodélica de uma viagem às profundezas de uma nação moralmente em ruínas, aqui outra vez criticado pelo diretor. O final é é especialmente marcante.