Lupas (749)

Em meio ao desgaste atual dos filmes de terror, são exemplares como este, simples em forma e concepção, mas riquíssimos na realização, que nos fazem ter esperança pelo gênero. Sustos e clima dignos de um clássico.

Perde boa parte da força ao tentar reprisar os momentos mais assustadores do original, mas também tem lá suas cenas de gelar a espinha, assim como também justifica sua existência ao inserir novos detalhes e elementos sobre as atividades sobrenaturais.

Abandona um pouco da sutileza e por vezes mostra mais do que deveria, mas novamente temos sustos dignos e um clima capaz de gelar a alma em diversos momentos.

Musical com cara de comercial de margarina.

Cinema de ação moderno que sabe como abraçar e homenagear todo o jeitão classicista do gênero nos anos 80.

Se sobressai ao original no quesito entretenimento, mas bem que a Marvel poderia se desapegar da cafonice que rodeia alguns de seus personagens. Tom Hiddleston e seu Loki são o que há de melhor.

Carpenter, em sua própria onda de filmes graficamente violentos, transcende o próprio estilo criar uma das mais intensas experiências sobre paranoia e desconfiança, num trabalho deveras tenso e tecnicamente surpreendente (até hoje).

Obviamente desnecessário e feito aos moldes da atual Hollywood fast-food, mas ao não menos não chega a ofender o trabalho dos anos 80 de John Carpenter.

E o senso do ridículo, onde fica?

O que uma mudança na direção e a adição de alguns novos e carismáticos rostos não fazem, não é? Sem mencionar que é bem menos pretensioso que seu original, e até mais organizado. Divertido.

Se deu certo em sua época, é fato que hoje funciona mais como uma diversão trash repleta de elementos cômicos (voluntariamente ou não).

Não envelheceu nada bem, chegando ao ponto de muitas cenas soarem absurdamente ridículas. Vale mais como curiosidade e pela presença do sempre marcante Boris Karloff.