Lupas (497)
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A visão contemporânea de Rossellini sobre os valores do cristianismo é afiada; A história da personagem perseguida por praticar o bem diz muito sobre a crise moral e estética do século XX, onde o mito é atualizado e suas questões revigoradas.
Bernardo D.I. Brum | Em 26 de Dezembro de 2017. -
Em Vivendo no Limite, Nova York não está apenas acordada - também grita de dor no encontro entre o realismo sujo de Taxi Driver e o delírio absurdista de Depois de Horas, em um filme onde excesso e reflexão são interdependentes.
Bernardo D.I. Brum | Em 26 de Dezembro de 2017. -
Ao tocar em questões complicadas como imigração com seu minimalismo formal, Kaurismäki é dramático, sombrio, reflexivo e por vezes até engraçado. Se fosse pintor, poderia ser Edward Hopper: o sempre comovente calor humano em meio ao desespero.
Bernardo D.I. Brum | Em 23 de Dezembro de 2017. -
Foi de fato o melhor roteiro do Oscar, além das boas interpretações casarem com o drama poderoso do filme. A direção não faz jus ao texto e seus atores, que pouco se justifica junto a uma montagem dura e sem ritmo, além da trilha incisiva e exagerada.
Bernardo D.I. Brum | Em 23 de Dezembro de 2017. -
Filme objetivo e direto ao ponto. Com uma protagonista ofuscada como Jyn Erso, o maior atrativo passa a ser mesmo a missão impossível e suicida, que jamais deixa o ritmo cair.
Bernardo D.I. Brum | Em 22 de Dezembro de 2017. -
Por filmes como esse que Shane Black é talvez o nome de ação mais injustamente esquecido e subestimado do cinema. O diretor e roteirista funde drama, tensão e riso com uma fluidez que grande parte da indústria esqueceu.
Bernardo D.I. Brum | Em 22 de Dezembro de 2017. -
Clássico exemplo de filme datado onde a refilmagem foi necessária. Só começa depois de uma hora de muito diálogo. Tem seu charme, porém: até a frase mais irrelevante é dita carregada de toda a malandragem e fanfarronice característica do Rat Pack.
Bernardo D.I. Brum | Em 22 de Dezembro de 2017. -
O encanto e o desencanto da rotina por Jim Jarmsuch, extraindo o extraordinário do ordinário e encontrando poesia na repetição. O ponto da carreira do diretor onde radicalismo vira ritualismo.
Bernardo D.I. Brum | Em 21 de Dezembro de 2017. -
Terror social que não se via desde o auge de George A. Romero e John Carpenter. A lógica do desconforto evoluindo para a loucura total deu origem a algumas das imagens mais evocativas e icônicas de 2017.
Bernardo D.I. Brum | Em 21 de Dezembro de 2017. -
Em sua condução tão esquisita quanto fascinante, Maren Ade distorce o mundo de Ines com o espírito anárquico de Winnifried. Um filme sobre o encontro de diferentes mundos promove o encontro de diferentes cinemas. A grande provocação de 2017.
Bernardo D.I. Brum | Em 21 de Dezembro de 2017. -
Capra nunca foi tão ácido nem tão engraçado nessa comédia que não deixa pedra sob pedra e ainda hoje carrega um ritmo deliciosamente malicioso no seu humor negro ainda provocante.
Bernardo D.I. Brum | Em 19 de Dezembro de 2017. -
A psicologia existencial à lá Dostoiévski do roteiro de Paul Schrader caiu como uma luva na direção evocativa da tragédia dos filmes de crime de Martin Scorsese. Um dos filmes que mais conseguiram captar o zeitgeist dos anos 70.
Bernardo D.I. Brum | Em 19 de Dezembro de 2017.