Lupas (806)
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Quando a elite se vê acima e não se enxerga ou o que há à sua volta, vide a iminência de uma grande guerra. Influente pelo uso de uma câmera dinâmica e que tudo capta, impulsionando o cinema de diálogos simultâneos e grandes elencos afinados de Renoir.
Rodrigo Torres | Em 20 de Fevereiro de 2014.
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Um par de cenas memoráveis com propósito narrativo claro, cru e chocante: discriminação significa ferir os direitos de um próximo e faz de você um senhor de escravos como Epps. Tem certeza de que é nesse mundo que você quer viver? Assim que você quer ser?
Rodrigo Torres | Em 19 de Fevereiro de 2014.
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A vida tortuosa de Davis como metáfora do Folk e drama único na carreira dos Coen, capazes de combinar uma melancolia genuína (que fotografia!) com o peculiar humor e excentricidade nos diálogos, personagens e situações de sua cada vez mais grandiosa obra
Rodrigo Torres | Em 19 de Fevereiro de 2014.
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A monotonia é tamanha que a gente até releva a postura burocrata dos militares, que diminuem o serviço dos historiadores de arte. E, nesse jogo de lençol pequeno, dá-lhe trilha sonora pra envolver o público. O pior de Clooney. Simplório. Chatíssimo!
Rodrigo Torres | Em 13 de Fevereiro de 2014.
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O que é mais belo que os olhos brilhantes - enxarcados de esperança e melancolia - de alguém se apaixonando por uma máquina, uma voz? Jonze torna essa relação concreta, e extrai dali reflexões das mais variadas e atuais, pelos mais variados vieses.
Rodrigo Torres | Em 13 de Fevereiro de 2014.
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Você pode pensar seu filme pro Oscar, explorando elementos típicos americanos e caracterizações fortes, se você conta uma grande história e de forma honesta, como Vallée faz em denunciar a indústria da AIDS e o preconceito a gays e soropositivos nos 80's.
Rodrigo Torres | Em 13 de Fevereiro de 2014.
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Apesar do pano de fundo atual real (a ameaça russa em questão), seu desenvolvimento em forma de pastiche de filmes de espionagem, seguindo a cartilha de resoluções fáceis e ingênuas da genérica Hollywood, torna o argumento inofensivo e desinteressante.
Rodrigo Torres | Em 12 de Fevereiro de 2014.
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Uma estreia em todos os seus excessos, no estilo e nas boas ideias exploradas à exaustão e mal concatenadas (Julianne Moore brota do nada e permanece no limbo até ter o que dizer), mas o diretor demonstra substância, personalidade e seu conhecido carisma.
Rodrigo Torres | Em 12 de Fevereiro de 2014.
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Sinceramente? Reconheço a qualidade de Sang-soo, mas seu cinema ainda me entedia. A cativante Haewon torna esse seu trabalho que mais me agrada, porém, particular como o diretor, não tem o poder de sintetizar uma transição pra fase adulta como Frances Ha.
Rodrigo Torres | Em 07 de Janeiro de 2014.
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Grande suspense de Dennis Villeneuve, em que seu pleno controle sobre o público não vem moldado para o choque ou manipulativo, como em Incêndios. E novamente preenche todas as lacunas de um filme cheio de pontas, e o finaliza de maneira exemplar.
Rodrigo Torres | Em 03 de Janeiro de 2014.
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Estúpido em todo 3o ato, porém honesto em como retrata a lógica do sonho americano e extrai drama, comédia e complexidade de um protagonista loser e picareta em fase de autoconhecimento e amadurecimento. Ben Affleck eficiente, John Cleese impagável.
Rodrigo Torres | Em 02 de Janeiro de 2014.
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Quando voluntário, o humor constrange pelo excesso e infâmia das gags; quando não, apresenta os mesmos problemas e qualidades de filmes de ação dos 80' em geral, valendo-se do carisma de personagens broncos, de resoluções fáceis e de muito tiro e porrada.
Rodrigo Torres | Em 02 de Janeiro de 2014.