Lupas (831)
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Mais uma animação apaixonante e visualmente exuberante da Pixar, numa inteligente metáfora sobre a busca de identidade e aceitação frente ao preconceito e adversidades da vida em sociedade. Sua simplicidade encantadora, além da temática, nos remete à Ponyo (2008), de Hayao Miyazaki, o que não é pouca coisa.
Luiz F. Vila Nova | Em 16 de Agosto de 2021. -
É bom constatar que ainda existe fôlego para filmes do gênero quando esses se propõem a sair um pouco da fórmula, entregando uma obra divertida, anárquica, surtada e alucinógena. Ótimo elenco, humor negro e muita violência estilizada dão o tom da produção. Que venha mais filmes como esse.
Luiz F. Vila Nova | Em 11 de Agosto de 2021. -
Com ecos de Os Pássaros (1963), a produção de estreia do diretor Just Philippot é um drama social com elementos de horror sobre uma mulher em frangalhos que não mede esforços para a subsistência da sua família (e nem as consequências de seus atos), numa interessante alegoria sobre a exploração animal, aqui invertendo-se os papéis. O subgênero sobre a "revolta da natureza" encontra um novo exemplar que servirá de referência para filmes do tipo.
Luiz F. Vila Nova | Em 08 de Agosto de 2021. -
Uma aventura simpática, colorida e revisionista, mas que nunca empolga como deveria. Dwayne Johnson é muito carismático e Emily Blunt adorável, mas o roteiro excessivamente infantil e derivativo, tiram boa parte do brilho e identidade do projeto. Não é ruim, mas para o começo de uma nova franquia, não gera muito interesse ou expectativa para possíveis sequências.
Luiz F. Vila Nova | Em 02 de Agosto de 2021. -
Uma abordagem sóbria, trágica e realista sobre o vampirismo, sem explicações desnecessárias, maneirismos ou lugares-comuns. A proposta de Johnathan Cuartas é realizar um estudo de personagens para tratar sobre temas como solidão, ética, violência e eutanásia.
Luiz F. Vila Nova | Em 28 de Julho de 2021. -
Para Michael Haneke a violência é irracional, instintiva e inerente à natureza humana, e neste trabalho talvez tenha atingido seu ápice nesse sentido. Provocativo, aponta o dedo para a espetacularização da violência nos meios de comunicação, e no processo, questiona a natureza do próprio filme e seus espectadores, numa brincadeira metalinguística sem qualquer tipo de concessão. Aterrador, tenso, polêmico e devastador, é um dos melhores filmes dos anos 90.
Luiz F. Vila Nova | Em 26 de Julho de 2021. -
Menos divertido que o esperado, essa porralouquice tem os seus momentos, sendo o seu principal atrativo a participação de um Nicolas Cage mais badass do que nunca. Embora não seja memorável, oferece um entretenimento razoável, além de ser fora dos padrões formulaicos do mercado, o que já vale a conferida.
Luiz F. Vila Nova | Em 24 de Julho de 2021. -
Com uma construção ambiental cuidadosa e um visual arrepiante, Gaia é um exercício atmosférico, tenso e angustiante. Sua curiosa temática, que poderia soar ridícula ou sem sentido em outras mãos, é um dos seus pontos mais fortes. Original, econômico e alegórico, é um dos filmes mais interessantes do ano.
Luiz F. Vila Nova | Em 24 de Julho de 2021. -
Os dois primeiros atos são bacanas, repleto de referências à clássicos do gênero, com boa atmosfera, tensão, humor negro e narrativa coesa. Uma pena que na tentativa de criar um grande plot twist que ressignificasse tudo o que havia sido estabelecido até então, os realizadores quase colocam tudo à perder.
Luiz F. Vila Nova | Em 24 de Julho de 2021. -
Finalmente Nicolas Cage encontrou um projeto que explora todo o seu talento e potência dramática, entregando aqui uma de suas melhores atuações. E a jornada de Rob em busca de sua inseparável companheira suína é de uma beleza melancólica e quase poética. Espero que esse trabalho não seja apenas mais uma exceção em sua tumultuada carreira.
Luiz F. Vila Nova | Em 23 de Julho de 2021. -
A obra utiliza-se da complicada fase da adolescência (com todas as suas incertezas, medos e conflitos), para realizar uma interessante alegoria sobre o acaso, a finitude e a falta de sentido da vida, onde a mensagem que fica é a de que devemos viver cada dia como se fosse o último, e faz isso sem render-se ao moralismo barato em momento algum, mas através de um senso de humor irônico e bem delineado.
Luiz F. Vila Nova | Em 18 de Julho de 2021. -
Michael Haneke em início de carreira já demonstrava alguns dos elementos característicos do seu cinema: apatia, incomunicabilidade e frieza das relações, onde o ser humano é capaz das maiores atrocidades sem qualquer sentimento de culpa ou empatia. O jovem Arno Frisch foi uma promessa que acabaria se confirmando na parceria seguinte com o cineasta em Violência Gratuita (1997).
Luiz F. Vila Nova | Em 17 de Julho de 2021.