Lupas (819)
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Uma boa ideia que poderia ter rendido uma produção doentia, macabra e extrema, porém que foi completamente desperdiçada por uma direção medonha, atuações amadoras e situações de extremo mal-gosto que tentam o choque à qualquer custo. Uma dica: passe bem longe disso.
Luiz F. Vila Nova | Em 24 de Fevereiro de 2022.
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Kim Henkel (um dos criadores da obra de 1974) assume a direção aqui, onde assim como o segundo, propõe uma sátira anárquica ao seu legado, com atuações caricatas e situações nonsenses, onde nada parece fazer sentido. Um Matthew MaCcounaughey surtadíssimo acaba roubando a cena, sendo o maior destaque da produção. Subestimado, é praticamente uma refilmagem do primeiro filme, só que com uma abordagem onde o humor negro prevalece. O Leatherface "crossdresser" define a loucura que é esse filme.
Luiz F. Vila Nova | Em 23 de Fevereiro de 2022.
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Emma Stone já provava aqui porque é considerada uma das atrizes mais talentosas, belas e incrivelmente carismáticas de Hollywood. O filme, uma comédia adolescente enérgica, divertida e, no geral, acima da média do mercado.
Luiz F. Vila Nova | Em 15 de Fevereiro de 2022.
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Um thriller de sobrevivência bastante intenso e envolvente (com elementos de Encurralado, A Morte Pede Carona e Amargo Pesadelo), com uma boa atuação de Jules Willcox, que defende sua personagem com muita personalidade e destreza. Destaque também para a bela fotografia que retrata a beleza natural e sua imponência, além da trilha incidental e urgente nos momentos mais tensos da projeção.
Luiz F. Vila Nova | Em 15 de Fevereiro de 2022.
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Roland Emmerich, um cineasta outrora promissor no que se refere ao cinema blockbuster, entrega aqui um dos seus filmes mais genéricos e esquecíveis, o que comprova que o mesmo não conseguiu adaptar seu cinema mais inocente e escapista dos anos 90 ao cinismo e imediatismo da atualidade. Mesmo não sendo necessariamente ruim, é uma produção que jamais empolga ou impressiona como o planejado, com uma trama aborrecida, personagens excessivamente esteriotipados e efeitos visuais banais. Uma pena.
Luiz F. Vila Nova | Em 14 de Fevereiro de 2022.
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Um dos filmes trash mais bizarros, criativos e escrotos da década de 80, o que não é pouca coisa. Desde o visual sujo, a produção amadora, os personagens repugnantes até a criatura disforme que toca o terror por onde passa. Seu legado na cultura underground do gênero pode ser visto até hoje, como no recente Maligno (2021) de James Wan.
Luiz F. Vila Nova | Em 12 de Fevereiro de 2022.
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A simbólica cena do pássaro pintado já diz tudo sobre sua mensagem-central. Mesmo não apresentando a mesma excelência de obras como Vá e Veja (1985), é um retrato realista e brutal dos horrores da Segunda Guerra na Europa Oriental, sob os olhos de uma criança que tem sua inocência e humanidade dilacerados, pouco a pouco, pelos abusos (físicos e psicológicos) a que é submetida em sua tortuosa jornada. Ao final, resta-nos torcer para que sua identidade sobreviva ao calvário da natureza humana.
Luiz F. Vila Nova | Em 10 de Fevereiro de 2022.
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O melhor trabalho do Guilhermo Del Toro desde O Labirinto do Fauno (2006), sua obra prima máxima. O visual espetacular nos remete ao cinema circense de Terry Gilliam, à clássicos do horror como Monstros (1932) e ao expressionismo noir dos anos 30/40. O elenco está fenomenal também, num excelente trabalho em equipe, porém destaco a entrega de Bradley Cooper, excepcional. O cinema de monstros do cineasta encontra sua face mais aterradora e cruel aqui: a do ser humano.
Luiz F. Vila Nova | Em 08 de Fevereiro de 2022.
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Uma biografia estilosa, envolvente e curiosa, ainda que não seja muito memorável. Gosto do elenco, seja das atuações mais contidas (Adam Driver, Al Pacino e Jeremy Irons) ou das mais caricatas (Lady Gaga e Jared Leto), que compõem personagens interessantes (apesar da fragilidade do texto), cada um à sua maneira. Ridley Scott certamente tem trabalhos melhores e mais expressivos, mas "Casa Gucci" é, possivelmente, um dos mais divertidos.
Luiz F. Vila Nova | Em 07 de Fevereiro de 2022.
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Mesmo não se tratando de uma refilmagem do filme do Tarkovsky, mas sim de uma nova adaptação do romance de Stanislaw Lem, essa nova versão mantém algumas das características da anterior, como a narrativa lenta e melancólica, o uso constante do silêncio, a trama dúbia e a abordagem metafórica da natureza do planeta Solaris. E apesar de contar com uma estrutura mais convencional, direta e acessível, uma boa parte técnica e a presença do belo e carismático George Clooney, foi um fracasso comercial.
Luiz F. Vila Nova | Em 06 de Fevereiro de 2022.
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Uma obra tocante, singela e bastante honesta sobre laços familiares, auto-aceitação e as dificuldades de convívio na vida moderna, aqui pelas figuras de um desiludido jornalista de rádio (Joaquin Phoenix) e seu hiper-ativo e inteligente sobrinho (Woody Norman, um achado), que embarcam numa jornada inicialmente indesejada, mas que mudará suas vidas para sempre.
Luiz F. Vila Nova | Em 25 de Janeiro de 2022.
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O mundo misterioso, solitário e às vezes cruel da infância é explorado com franqueza arrepiante e habilidade notável nesse conto de terror artístico de Eskil Vogt, amparado ainda por atuações acima da média do elenco infanto-juvenil, algo essencial para o impacto pretendido.
Luiz F. Vila Nova | Em 25 de Janeiro de 2022.