Lupas (396)

Pode ser considerado o "Full Metal Jacket" do diretor. Não tem muito a acrescentar ao primeiro filme; centra-se basicamente nos abusos cometidos pelo exército japonês, mas se prende demais ao plot principal, tornando-se repetitivo, e o sadismo incomoda.

Dramaturgia anêmica, narrativa fragmentada e uma das piores montagens que já vi em um filme - some-se a isso personagens rasos e desinteressantes. Pois é, não sobra muita coisa!

Tentativa de Wilder de se adaptar ao período setentista, e em retomar a sobriedade característica das parcerias com Brackett, deixando de lado as suas "chanchadas" da década de 60. A afetação à la Sunset Blv o torna ainda mais melancólico.

Bastante ultrapassado, reforça aqueles mesmo estereótipos sexistas de "Sabrina": do homem "pegador" e da mulher "ingênua, romântica, virgem e subserviente". As piadas são ridículas e apenas constrangem.

Recheado de clichês sexistas, tenta emular o manjado conto da "Gata Borralheira", mas de uma forma muito ingênua e infantil, até mesmo para a sua época. As piadas são ridículas, de dar vergonha alheia em quem a tem.

Keaton e Chaplin já haviam feito muito melhor na década de 20.

Jacques Tati não é Buster Keaton, nem Charles Chaplin. E não precisa se esforçar tanto para parecer um abobado.

Geralmente, os filmes de Keaton sofrem dos mesmos problemas que afligem os irmãos Marx: apesar de algumas boas cenas, não apresentam um todo coeso. Talvez este seja o seu filme mais consistente, com um desenvolvimento de personagens superior aos demais.

É tão parecido com "A rotina tem seu encanto" que é até difícil apontar alguma diferença entre um e outro, já que plot e personagens são essencialmente os mesmos. De positivo, surpreende a regularidade e qualidade da filmografia do cineasta.

Constrangedor...

Seria só mais um daqueles inofensivos enlatados americanos de sessão da tarde, típicos do início da década de 90, se não fosse o péssimo desenvolvimento de personagens - agravado por quase 3h de tortura -, e um plot praticamente inexistente.

Os atos repulsivos do assassino são evocados com o fito único de conduzir a audiência a um espírito de manada - igualmente repulsivo - por vingança; embarque quem quiser nesta miséria intelectual.