Lupas (396)

Seria mais convincente se não fosse tão afetado e maneirista. Ao menos, parece que o objetivo foi alcançado: plot e personagens conseguem ser tão "profundos" quanto os de um autêntico filme pornô. No fim, é apenas um exploitation barato.

As mesmas piadas, os mesmos cacoetes, o mesmo personagem, os mesmos temas (apena em um contexto diferente), o mesmo pseudointelectualismo maçante, a filosofia rasteira habitual, as mesmas tiradas estúpidas sobre sexo... Alguém ainda acha isso engraçado?

Quanto ao tema da incomunicabilidade, assemelha-se bastante a Babel, de Inarrítu. Tal qual seus personagens, a segunda obra de Kiarostami fora do Irã é vazia e banal - o que não deixa de ser frustrante, levando-se em conta seu trabalho predecessor

Simpático filme argentino, com um argumento convencional sobre encontros e desencontros, porém com um enorme diferencial - o roteiro harmonioso e sempre instigante, daqueles raros de se ver no cinema brasileiro. Infelizmente.

Um anti-establishment descerebrado - e, infelizmente, grande parte de sua notoriedade se deve a isso -, com um roteiro simplista e extremamente manipulador; parece feito na medida para jovens idiotas recém-saídos da puberdade.

Estreia promissora dos irmãos Coen, porém longe de seus melhores trabalhos; a história não empolga e os atores são fracos, com uma insossa Frances McDormand em início de carreira.

Realmente, o tal do plano é tão "mirabolante" e improvável que, dado certo momento, perde-se o interesse em acompanhá-lo.

Simpática comédia romântica de Lubitsch, bastante pudica e certinha - como era recorrente em seus trabalhos, mas muitas piadas perderam o timing e hoje podem soar ingênuas demais.

Visto hoje parece mais uma obra imatura e fetichista; uma combinação desastrada de "Grease" com "Amor Sublime Amor". A década de 80 não fez muito bem à Coppola.

O remake se apega demais ao original e nada acrescenta; faltou criatividade, suspense, tensão. Os atores são fraquíssimos e não conseguem gerar empatia com o público. Mais um fast-food para consumo adolescente.

Não o assista à noite...

2/3 do filme são só as lamúrias do Clint: "Ai, eu fui um homem muito mau", "Ai, eu fiz coisas terríveis", "Ai, eu estou morrendo".