Lupas (457)

Muito imbecil, faz rir de uma forma absurda. As piadas, como a procura pelo carro do cara e a tatuagem que os caras fizeram, são inesquecíveis.

Os personagens não convencem, pois parece que eles existem só para justificar a crítica do filme. Exemplo: a trama do executivo é simplesmente esquecida ao passo que a trama do grupo de jovens inconformados surge.

Filmaço incansável: sequências em preto e branco, anime, referências a filmes de samurai e de faroeste, narrativa não linear, diálogos em 3 idiomas, split screen...

A animação de faroeste. Gore Verbinski quebra a quarta parede e faz metalinguagem, referenciando o fazer cinematográfico e seus ícones (Leone, Eastwood e Kim Novak). Empolga cinéfilo.

Um jogo de metalinguagem complexo e interessantíssimo. Se Charlie Kaufman estava preocupado em fazer algo fora dos padrões, ele conseguiu com maestria. Que roteiro sobre flores, criação artística e sentimentos!

Além do que já é sabido - qualidade no roteiro e na direção - Bergman usa primorosamente, também, o som, dando expressividade a ele. Por exemplo, o som ininterrupto da água na cena do córrego.

Erland Josephson é vital e semelhante em "Nostalgia" e "O Sacrifício". É louco para a sociedade, porém seja talvez o mais lúcido; ele tem esperança em suas crenças por mais absurdas que possam parecer, ele é capaz de se sacrificar por algo além.

A lente de Sergio Leone faz parte da atuação dos três protagonistas, Clint Eastwood, Lee Van Cleef e Gian Maria Volonté.

Kubrick: "Alguém disse que o Homem atual é o elo perdido entre os macacos e o Homem civilizado. Pode-se dizer que essa é a história de 2001, também".

Os dois filmes de Tarkovsky rodados fora da Rússia são expressões profundas de sua alma e mantêm todas as marcas de seu cinema.

Mantém o belo visual do filme anterior, e só. Há diversos pontos inúteis soltos no roteiro (o péssimo romance) e furos (o do "combate" final). E o final é desastroso.

O poder do mito em uma família e na sociedade.