Lupas (1752)

Você não está entendo. Não foram os nazistas que fizeram isso. Fomos nós mesmos, os franceses. É este viés de “mea culpa” que torna o belo drama francês em A Chave de Sarah.

A vantagem da velhice é que quando nos aborrecemos, sabemos que não será por muito tempo.

As clavículas serão suporte de cada dia que passou.

O mundo que se desenha para nós é do pós-humanismo, e é atrás dele que vai Apichatpong Weerasethakul. É justo estranhar os mistérios a que nos leva este filme incomum. Tolo é ignorá-los.

Contágio é uma interessante crítica a onda de alarmismo que surge de tempos em tempos na mídia, como na época do vírus H1N1.

As formas arrebatadoras criadas por Fritz Lang podem ter se tornado um clichê da crítica, mas nunca deixam de surpreender nos próprios filmes.

Uma pena que o filme se detenha mais no policial, e a vida do outro seja vista muito sob esse prisma.

A arte está intrinsecamente ligada a vida e, como esta, persiste em florescer nos lugares mais improváveis. A França ocupada pelos alemães durante a Segunda Guerra.

Estamos diante de um drama social? Não. Estamos diante de um filme inclassificável. E muito belo.

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A ambientação é a pior possível. Cenografia simplória, fotografia lavada para evidenciar a cor forte de determinadas peças do figurino e, este, sofrível.

O que gera interesse nesses filmes de Farhadi é o choque da classe alta - em teoria, secularista e modernizada - com os costumes fundamentalistas da sociedade iraniana.