- Direção
- Roteiro:
- José Mojica Marins, Rubens Francisco Luchetti
- Gênero:
- ,
- Origem:
- Duração:
- 93 minutos
Lupas (15)
-
Em minha opinião, essa é a obra-máxima do Mojica, ou melhor, do cinema de horror nacional; esteticamente impressionante, Mojica faz um milagre! O argumento do filme é de uma metalinguagem que chega a deixar boquiaberto, o filme tem uma crítica tão ferrenha e atual que perturba. Os últimos 30 minutos em cores são belíssimos e perturbadores. Lindo, simplesmente lindo. Se fosse uma obra de qualquer diretor italiano ou americano, seria extremamente renomada
-
Filme surtado, absurdo, depravado, caótico, primitivo. Panorama social de uma sociedade desajustada em meio as sombras da ditadura. É uma exploração de vanguarda surrealista e delirante. Produto de uma mente inquieta e instintiva como a de José Mojica Marins. Tem seu lugar garantido no panteão do Cinema Nacional.
-
Demora um pouco pra engrenar e em alguns momentos achei um pouco cansativo. Mas é mais um ótimo filme do Mojica, e só ele mesmo pra fazer um filme desse naquela época. Muita metalinguagem, crítica social e perversão. Não é meu favorito dele, mas é um grande filme.
-
Realmente é a subversão da subversão. Zé talvez nunca tenha sido tão ameaçador quanto aqui, colocando ainda mais esse personagem em um patamar além do físico e evidenciando, com caraterísticas tão únicas de sua filmografia, o cinema como motriz para o instinto humano. A metalinguagem é usada de forma maravilhosa, a fotografia e as varias camadas vão crescendo cada vez que se pensa no filme. "De ao publico o que ele quer ver"
-
O ego de Mojica vai as alturas com justa causa, remodelando a narrativa com destreza para causar estranhamento, incerteza, desconforto e, por fim, o transe. Comentário social com deboche, hipocrisia e sujeira. Se é obra do Zé ou do desejo humano, já não dá mais pra saber. Meteu metalinguagem ainda, aí me conquistou. Corrrta!
-
Talvez seja taxado como auto-indulgente por alguns mas o fato que quando Mojica se une ao cinema marginal cria um personagem símbolo do caos, anarquia pura especialmente quando deixa claro que Ritual dos Sádicos esfrega na cara do espectador e censores tudo aquilo que de certa forma eles querem ver. Porque a realidade ofende e aterrorizaria alguém?
-
O início com seu tom episódico soa um pouco desnecessário, mas toda a parte das alucinações e a entrevista mostram toda genialidade com um questionamento pertinente sobre a natureza humana mental mais íntima. A mistura de realidade e ficção é outro ponto de interesse.
-
Se fosse musica seria um Heavy Metal progressivo psicodelico. Na parte final, o preto e branco dá lugar ao colorido(um dos efeitos do LSD), a cada corte de cena algo a impressionar, terror psicodelico non-sense.
-
Cinema fulleriano, baviano e fulciano. Melhor filme do Mojica em disparado.
-
Sem dúvidas o mais maldito do Mojica! Pela premissa de seu argumento, pelas cenas fortíssimas, por toda a estética. Participacões fodas: Candeias, Carlão, Teatro Oficina. Genial a insercão do programa "Quem tem medo da verdade?". Só podia ser mais curto.
-
19/12/15
-
Muita gritaria, cenas bizarras apelativas e excesso de gente feia, em meio a surrealismo fantástico: é o velho mundo de Zé do Caixão, sem qualquer roteiro organizado!
-
José Mojica se despe parcialmente de Zé do Caixão para debater sobre a função do cinema e suas distintas interpretações de uma forma totalmente nova - A força das imagens é enorme, pesadelos nunca foram tão vivos!
-
Essa visão marginal de mostrar violência e degradação humana ao som de sambas e marchas de carnaval talvez seja a expressão máxima do cinema autoral brasileiro. Todas as cenas contadas são marcantes e criativas,a sequência do LSD é agoniante.
-
Apesar de ser mais alucinado e experimental que outros filmes de Mojica, não deixa de ser a mais honesta defesa de sua obra. E o uso da cor nos delírios é coisa linda, digno de mestre.