Lupas (175)

Definição de desconforto! O filme é um conto sobre como ocorre a transgressão da conduta pessoal de uma mulher bem-sucedida como defensora do direito da criança/adolescente para a sua gradativa instabilidade profissional e emocional no momento em que se envolve amorosamente com, justamente, um adolescente. As decisões corajosas do último ato tornam o filme memorável.

Filmaço que vai muito além da sua sinopse. Poderoso relato humano sobre paternidade.

Quanto mais conhecemos os personagens, mas empatia criamos por eles. O filme pode parecer estático no primeiro ato, mas você vai ficando absolutamente viciado na história. E antes de se encaminhar para um melodrama semelhante à seus filmes anteriores, Kore-eda retem da trama um senso de pungência e emocionalidade. Grande filme!

A metalinguagem não tem tanto impacto como no primeiro, mas a trama é mais rica em história e originalidade. Superou o antecessor!

"Somos destinados a perder as pessoas que amamos. De que outra forma saberíamos o quão importante elas foram para nós?"

Roteirizado por Tarantino e com um elenco de presença, eis aqui o melhor filme de Tony Scott. A combinação entre os típicos monólogos do Tarantino com o cinema ágil e divertido de Tony Scott faz de Amor à Queima-Roupa um belo e enérgico filme de máfia. O filme tinha potencial para, talvez, ser muito mais importante para a década, mas a proposta era justamente de despretensão. De qualquer forma, alavancou a carreira do Tarantino e consolidou a de Tony Scott.

A conformação do filme é o estudo de personagem que no centro do colapso social, vivencia os sentimentos de individualismo e ausência de empatia das pessoas. Nisto, o comediante sonhador desamparado transgride para um frustrado e brutal assassino sádico. Muito mais que um vilão de quadrinhos. Joaquim Phoenix, surrealmente bem, cria um jeito único de falar, caminhar, gesticular e rir.