Lupas (108)
-
Verdoux representa o lado mais desventurado e funesto de Carlitos, o tragicômico alter ego de Chaplin. Aqui mais trágico que cômico, Chaplin nos deixa sem chão. E o riso fácil aos poucos vira ironia desconcertante.
Hugo T. Caetano | Em 30 de Novembro de 2011.
-
Direção competente de Wolfgang Petersen à parte, o acerto de contas com os traumas do passado e a carga da idade são temas que deixam claro que este é um filme de/para Clint Eastwood.
Hugo T. Caetano | Em 30 de Novembro de 2011.
-
O que esperar de um filme que deposita toda sua graça na boa vontade do espectador em aceitar a fórceps a proposta do thriller-moderninho-doidinho-sem-limites, e em troca pouco oferece? Falsa despretensão. Pois é, doutor, temos um filme-placebo.
Hugo T. Caetano | Em 26 de Novembro de 2011.
-
Os planos longos, o preto e branco nostálgico, a cumplicidade que sentimos junto ao casal de trapaceiros, Tatum O'Neal, tudo isso confere uma incrível autenticidade e melancolia, sem sentimentalismos, a esta singelíssima obra.
Hugo T. Caetano | Em 23 de Novembro de 2011.
-
Com um formato que parodia elementos de "space opera", uma trilha sonora marcante e uma fábula levemente inspirada em Pinóquio, é a melhor fita de aventuras da Turma da Mônica. Um clássico especial de infância.
Hugo T. Caetano | Em 17 de Novembro de 2011.
-
Doses generosas de sangue e membros decepados pontuam esse filme torto, que gasta muito de seu tempo transitando de forma desajeitada entre o drama familiar e o horror. O pretenso clima retrô e o uso do CGI soam impessoais demais. Serve como passatempo.
Hugo T. Caetano | Em 09 de Novembro de 2011.
-
Hoje pode soar excessivamente moralizante, mas Griffith alcança talvez o equilíbrio pleno entre o melodrama e o épico. O clímax na tempestade de neve, com Lillian Gish à deriva no degelo do rio, permanece espetacular.
Hugo T. Caetano | Em 07 de Novembro de 2011.
-
A sensação de estarmos num piloto automático acompanhando o melancólico e cansado matador de aluguel é inevitável. Mas a entrega que o filme opera ao seu protagonista é louvável ao final, revelando um duro estudo de personagem onde antes só víamos frieza.
Hugo T. Caetano | Em 06 de Novembro de 2011.
-
Para um filme baseado num livro de Martha Medeiros (bleh!), é surpreendentemente aceitável. A despeito do clima de minissérie global, é inegável a maneira leve e honesta com que ele conecta as projeções de seu público a sua protagonista.
Hugo T. Caetano | Em 06 de Novembro de 2011.
-
O vagabundo, vivendo aqui o palhaço que faz rir mesmo sem querer, é sempre a mais triste e solitária alma nos filmes de Chaplin. Em O Circo ele faz rir, e muito. Mas ao fim de tudo, o vagabundo será também o palhaço que faz chorar.
Hugo T. Caetano | Em 05 de Novembro de 2011.
-
Egoyan tem elegância ao filmar as angústias e divagações de suas personagens. Mas ele falha miseravelmente na hora de conduzir o suspense da já bem surrada trama de infidelidade. Sobra a indiferença.
Hugo T. Caetano | Em 04 de Novembro de 2011.
-
Envelheceu um pouco, mas o momento da primeira aparição do monstro, cuidadosamente revelada pela câmera até culminar num close em seu rosto, é uma das coisas mais arrepiantes e memoráveis que já vi.
Hugo T. Caetano | Em 04 de Novembro de 2011.