Lupas (435)
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Um bom drama familiar, pode não ser espetacular, mas não cai em possíveis armadilhas do gênero. A sequência toda do parto é muito bem filmada. Sem dúvida as atuações elevam o longa, Vanessa Kirby constrói uma personagem muito forte, trazendo o espectador para seu lado. Mesmo sem entender sua forma de lidar com a perda, fica evidente que ela faz seu melhor. Ellen Burstyn merece o destaque que tem tido da crítica.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 16 de Janeiro de 2021. -
O que salva é o bom ritmo da produção e as questões técnicas (principalmente de som), comum nas últimas grandes produções de guerra de Hollywood. Potencializa também os pontos fracos do gênero, diminuindo o alcance da obra e tornando ela mais uma entre tantas. Tom Hanks (que também assina o roteiro) fazendo o já desgastado papel de herói americano.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 29 de Dezembro de 2020. -
De certo modo fiquei bastante impressionado com toda a estrutura existente nos EUA para que os jovens desde cedo aprendam a pensar e fazer política. Traçando um paralelo com o Brasil, parece que estamos anos luz atrás nesta temática. Mas ao mesmo tempo é perturbador notar que os rumos políticos tomados pelas eleições dos dois países caminham lado a lado. O filme vai te envolvendo aos poucos na narrativa e fica inevitável torcer pelos candidatos.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 28 de Dezembro de 2020. -
Não achei esta bomba toda que alguns sites estão dizendo, tem um visual bonito e alguns momentos grandiosos. O maior problema está em não se definir entre o drama pessoal, filme catástrofe e ficção científica espacial, o que faz o roteiro nos entregar uma salada mista que deixa todas as vertentes incompletas. A montagem também não ajuda neste sentido. É esquecível, mas consegui me entreter sem grandes problemas.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 23 de Dezembro de 2020. -
É um documentário que propõe uma experiência diferente. Não digo só por conta de uma linguagem que foge do comum, mas também porque entrega com leveza e humor, uma temática pesada. Perder alguém querido é um momento muito difícil que fica ainda mais doloroso quando nos deparamos com a iminência de estarmos vivenciando os últimos momentos daquela pessoa. Pode parecer um pouco mórbido, mas é de uma beleza singular.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 20 de Dezembro de 2020. -
Várias coisas me incomodam em The Prom, mas não é todo ruim. Algumas atuações são forçadas e não dão conta das transições entre comédia e drama, diferente de Maryl Streep claro, que consegue levar o personagem a outro patamar, deixando ainda mais evidente os tropeços de seus colegas de elenco. Os romances são cansativos, por outro lado os números musicais até que são criativos e bem coreografados. Cresce bem nas ultimas cenas quando Jo Ellen Pellman finalmente se destaca.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 14 de Dezembro de 2020. -
Me parece tecnicamente perfeito. Figurino, cenários, iluminação e todo aquele rigor visual que já esperamos do diretor. O que me desapontou um pouco foi justamente o roteiro. Personagens interessantes não recebem o tratamento merecido, o desenvolvimento da trama não empolga e quando atinge seu ápice, acaba em um final muito comum. Com destaque para Amanda Seyfried que merece no mínimo uma indicação ao Oscar.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 04 de Dezembro de 2020. -
Minha experiência com Beginners (título original que faz muito mais sentido do que a tradução) foi muito boa. Claro que temos alguns clichês do gênero, principalmente quando foca no romance central. Aí entram os flashbacks, que aqui fazem toda diferença, trazendo um frescor para a história e a ótima atuação do Christopher Plummer. Começarei a acompanhar todos os projetos do diretor e roteirista Mike Mills, o próximo será com o Joaquin Phoenix.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 30 de Novembro de 2020. -
Um melodrama que promove a volta de Sophia Loren muito a vontade na jornada de aproximação entre dois personagens bem carismáticos. Alguns filmes trazem aquela sensação de que "poderia ter 30 minutos a menos" e aqui é o contrário, algumas situações e reviravoltas parecem corridas e como espectador seria um presente poder ver mais das duas atuações principais em tela. O filme é da Madame Rosa mas o elenco todo está muito bem.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 17 de Novembro de 2020. -
Uma boa pedida para quem está acompanhando a 44º Mostra de SP. O filme tem cenas muito bonitas e um elenco muito competente, com destaque para a jovem Aju Makita que interpreta Hikari. Gostei bastante também dos enquadramentos mais fechados nos atores em momentos cruciais da história. O ritmo do filme é lento mas o que mais me incomoda é a trilha sonora muito carregada, na maioria das vezes em um tom mais dramático do que vemos em cena.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 02 de Novembro de 2020. -
Um dos melhores feel good movies dos anos 90. Leve, divertido e uma atuação soberba de Toni Collette. Muriel é uma personagem sonhadora e muito cativante mesmo que impulsiva e inconsequente na maior parte do tempo.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 21 de Outubro de 2020. -
Depois das enxurradas de críticas, fui assistir com a expectativa bem baixa e com uma dose alta de boa vontade. O início é realmente muito sofrível, a cena de apresentação da personagem da Rebel deve ser uma das mais grotescas que já vi. Depois de um tempo se acostumando aos efeitos e ao estilo da produção, até que sobra um ou outro momento interessante, o vocal de Jennifer Hudson é poderoso apesar da cena ter desvalorizado sua personagem.
Rodrigo Miranda de Andrade | Em 13 de Outubro de 2020.