Lupas (290)

É inegável a evolução como artista de Jordan Peele em Us. Comparado ao seu trabalho anterior, é um filme com mais camadas e desenvolvimento mais complexo (contrapondo com O Poço, por exemplo, é um banho de maturidade). Porém Get Out tem um apelo mais cru e impactante que, em um primeiro momento, me agradou mais.

Anya Taylor-Joy é das poucas coisas boas nesse mar de falta de imaginação visual.

Não é toda hora que o estilo característico de Zack Snyder funciona, mas em Liga da Justiça as escolhas artísticas do diretor agregam muito à obra. O fetiche visual com os heróis, sempre representando-os de maneira poderosa e até messiânica (Superman principalmente), só contribui com a construção do universo.

Após a boa cena de introdução, WW84 vai ladeira a baixo. Soluções simplistas, sem apelo, e cenas totalmente esquecíveis (é um filme extremamente feio, na acepção da palavra). Pedro Pascal carrega todo o filme com sua bela performance.

A primeira cena do filme é um primor de construção de clima e fundação pra todo o filme, todas as informações que precisamos são mostradas de maneira magnífica nesses primeiros minutos. Depois o filme não mantém o mesmo nível, o drama familiar com seus arquétipos simplórios é bem raso, mas Krasinski demonstra talento na criação do ambiente hostil.

Seria muito melhor se adotasse um tom 100% documental, sem aquela dramatização mal desenvolvida.

Um dos filmes mais mal dirigidos dos últimos anos. Constrói uma identidade narrativa no início pra simplesmente abandoná-la sem motivo, além de um estilo de filmagem completamente irritante com closes inúteis e uma câmera estilo The Office que dá a impressão que Bombshell foi filmado pelo estagiário. As atuações individualmente são o único destaque, mas não há qualquer tipo de química entre as protagonistas. Um trabalho muito ruim de Roach.

Tem a magia que La La Land gostaria de ter

Paulo Gustavo consegue a proeza de fazer o mesmo filme três vezes e mesmo assim não perder o carisma e a graça de Dona Hermínia.

Um dos melhores timing cômico dos últimos anos.

A ambientação é bacana, mas fica por aí. O didatismo exagerado que limita totalmente a visão do espectador e não permite uma discussão séria sobre o assunto é o grande tiro no pé de El Hoyo.

Existem vários pontos interessantes em Amélie, como a estética visual com cores vivas que casa perfeitamente com sua protagonista e a construção da personalidade de seus personagens com pequenos detalhes de seus gostos. Porém é um filme que se arrasta em alguns momentos, principalmente em sua primeira metade, o que diminui o impacto de sua experiência. Ainda assim, um filme extremamente aconchegante.