Lupas (290)

Enquanto Wan evolui como diretor e sua construção climática fica mais sofisticada (a primeira meia hora é ótima), o roteiro apresenta ideias bem ruins e o filme perde como um todo em relação ao anterior.

Tem a áurea classuda dos anos 1940 e constrói bem a imagem mitológica do Capitão América (a sequência dos espetáculos é quase um micro-cosmo da iconografia do personagem). O vilão, completamente unidimensional e mal desenvolvido, é o grande defeito.

Sei lá, só não entendi muita coisa.

São os pequenos detalhes, os pequenos closes, os pequenos olhares que fazem um grande Hitchcock. E Shadow of a Doubt tem tudo isso de sobra.

A epifania onírica e niilista da Disney.

O domínio estético e espacial que Miller tem é tão grande que quase não se nota as várias más ideias que o filme tem. Sua ruindade e cafonice são tão individuais que chegam a encantar.

Ninguém filma uma perseguição como Friedkin.

Tem uma boa ambientação e alguns momentos bem macabros, mas o grande ponto do filme é a ambiguidade. The Witch funciona quando ela está presente, mas Eggers a abandona lá pelo final e diminui bastante o impacto que o filme tem.

O melhorzinho.

Talvez a definição do que é esse tal de Cinema.

Ainda prefiro a ode a imagem do herói que é Avengers 1, mas Civil War tem ideias bacanas e bem trabalhadas que dão até um certo frescor ao universo Marvel.

A velha fórmula Marvel funciona melhor.