Lupas (929)

O sequestro é apenas catalisador de uma série de questões não resolvidas pelo tempo, metaforizado no relógio com a hora quebrada. É um Farhadi menos intenso, mas não menos gostoso de acompanhar.

Esqueça aquela reflexão sobre a natureza costumeiramente abordada nos filmes de Miyazaki; aqui, ele fala sobre outro tipo de natureza, a interna humana, em uma relação sobre solidão, amor e vitalidade. É lindo, mas mais restrito do que outros seus.

É um filme que se conecta fácil e tem algo a dizer - note quando Clooney anda com o sequestrador como refém. Porém, no final, se entrega a clichês que tiram a força da mensagem. Mas é bacana e envolvente.

A ascensão à política é muito brusca e essas narrativas que citam fatos um em cima do outro pra acelerar os acontecimentos me dão nojo, mas não é que consegui me divertir bastante com esse Vice? Um filme porra louca com uma roupagem séria.

Não tem a profundidade que Miyazaki costuma dar a suas obras, porém é uma aventura magnífica, enérgica, cheia de personagens marcantes e com uma trilha sonora espetacular - talvez a melhor de seus filmes. É um filme absolutamente encantador.

Para ser bem sincero, esperava algo pior. Não foi bom, mas também foi longe do que estavam reclamando.

O filme mais comum do diretor grego Lanthimos, mas ainda assim uma boa reflexão sobre uma época, sobre a mulher e uma trama política interna entre as protagonistas que fazem o filme valer a pena. Que trilha sonora! Que imagens!

É um filme esteticamente bonito e que faz uma impressionante reconstituição de época da década de 60, mas no geral é um filme arrastado, que se força a ser poético e isso salta à tela, perdendo força narrativa.

A primeira parte é muito melhor e mais intrigante do que a segunda, quando vira uma bagunça e cheio de metáforas óbvias e bobinhas. Ainda estou em dúvida se gostei mais ou menos do que no momento em que escrevo a lupa.

Filme bacana, principalmente para quem optou por conviver com a fé. Questiona os pastores, o que é algo ousadíssimo para o público que está lidando, desenvolvendo e fechando bem o tema.

A direção obviamente está sublime, afinal, é Eastwood, e mais uma vez sua ironia com temas prevalece, mas achei o filme desinteressante em boa parte de sua duração.

A arte é sensacional, principalmente por misturar artistas, mas é um anime que a ação não funciona sempre. Ainda assim, se tiver a oportunidade, veja, é diferente de tudo o que já vi de Batman até hoje.