Lupas (3624)
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Na superfície, é um thriller "chato", com pouca ação e ocorrências previsíveis. Tem todo o refinamento técnico que é natural de Fincher - e ele continua afiado aqui. Porém, o diferencial da obra é mesmo remover a aura de superioridade e excitamento que é comumente mostrada por Hollywood para assassinos profissionais contratados (Hitman, por exemplo): é um trabalho de paciência e aborrecido, dificilmente excitante.
Alexandre Koball | Em 13 de Dezembro de 2023. -
Falar que um filme é uma boa obra de superação é bastante previsível e clichê, mas Nyad encaixa-se perfeitamente neste. Com um tom leve e boas atuações da dupla principal, mostra algo que vai se tornar cada vez mais comum no nosso mundo: a importância de ter objetivos e metas e persistir durante a terceira idade. É um filme sem (ou com pouca) maquiagem, e é lindo.
Alexandre Koball | Em 12 de Dezembro de 2023. -
Uma visão diferenciada sobre a caça a pedófilos nos Estados Unidos, porém, até que ponto a polícia pode chegar sem quebrar as próprias regras da lei? E qual o valor de uma única vida em uma tragédia gigantesca? São temas verdadeiros, que certamente mexem com o espectador. Uma pena que a segunda parte do filme seja tão apressada e transforma-se em um filme de ação infundado - e mal ensaiado.
Alexandre Koball | Em 11 de Dezembro de 2023. -
Mais um espetáculo visual e auditivo regido por Nolan, que parece entender o que eleva qualquer história a níveis épicos. A montagem é interrompida o tempo todo por saltos pra frente e pra trás no tempo - o que incomoda e acaba sendo redundante - mas esse é o único fator degradante mais forte da obra.
Alexandre Koball | Em 07 de Dezembro de 2023. -
Certamente a franquia não evolui, mas o set do navio e a sub-trama da morte de um personagem importante ajudam a suportar o excesso de ação descerebrada e absurda. O elenco está menos numeroso e mais focado, ajudando um pouco na identificação das personagens.
Alexandre Koball | Em 05 de Dezembro de 2023. -
O principal ponto de venda do filme - pelo menos em trailers e cartazes - os bonecos animalescos, não criam o menor pavor ou tensão. O roteiro é fraquinho também, tem uma reviravolta bastante forçada e não se sustenta no gênero.
Alexandre Koball | Em 30 de Novembro de 2023. -
A identidade visual inconfundível de Wes Anderson envolve uma narrativa aborrecida sobre uma época de mudanças grandes na sociedade e nas ciências. Personagens misteriosos, mas jamais geniais, passam pela tela com suas vozes monótonas, reativas. É a forma sobre o conteúdo, no final dá a impressão que o elenco estelar foi desperdiçado um tanto.
Alexandre Koball | Em 29 de Novembro de 2023. -
Jogos Mortais volta alguns passos no seu enredo - depois de virar um filme quase puramente policial - e cria um cenário mais centrado, ainda com seus absurdos, mas a nojeira gráfica está lá, a reviravolta final está lá e, principalmente, ao largar um bocado o tema policial, a diversão voltou (embora, como sempre, seja um critério altamente subjetivo). Faz torcer por um assassino em série com a moral altamente questionável, pois Cinema é também manipulação do espectador.
Alexandre Koball | Em 23 de Novembro de 2023. -
É longo demais, talvez, mas tem tantas possibilidades e nuances que faz as duas horas e meia passarem muito rápido: dificuldades de comunicação (entre inglês e francês), relações humanas complexas, problemas no casamento, a construção de uma verdade a partir de circunstâncias, ação de tribunal, preconceito, sexualidade... as atuações, sobretudo de Sandra Hüller, apoiam esse roteiro denso com grandeza.
Alexandre Koball | Em 22 de Novembro de 2023. -
Gostei da ambientação do navio - enquanto ele é grande e tem várias seções, o fato de estarem em mar aberto com um monstro sanguessuga a bordo tem o potencial de causar certo terror e tensão. Porém, esses elementos jamais são bem utilizados e ficam sempre no potencial e o filme cai no lugar-comum e previsível de obras sobre o Drácula.
Alexandre Koball | Em 21 de Novembro de 2023. -
Gostei muito da parte inicial, quando o filme engana uma sequência de boas cenas com um humor corporativo ácido, perfeito para os nossos dias atuais. Daí vem o serial killer e o filme é corajoso em não ter freio para a parte gráfica das mortes - a violência é bastante alta e sem rodeios. Mas é repetitiva e, no final das contas, o assassino tem pouco carisma para segurar essa etapa da obra.
Alexandre Koball | Em 16 de Novembro de 2023. -
Franquia encerra-se (será?) como um thriller que entrega exatamente o que dele se espera: um personagem carismático, americano, idealista, sangue-frio, excessivamente hábil. Funciona porque Denzel Washington ainda é ótimo, não há excessos nos arcos narrativos e não insiste em ter mais do que a duração média - algo que, infelizmente, inunda Hollywood neste década de 2020.
Alexandre Koball | Em 13 de Novembro de 2023.