Lupas (3611)
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Um filme onde praticamente tudo funciona, delicioso, com um arco romântico-dramático sensacional, desperta sentimentos bons e ruins, é filmado com elegância, atuado com classe, tem paciência mas não enrola. Fazia muito tempo que não via uma obra nova onde as coisas se encaixam tão bem. Podem até dizer que é clichê (e talvez seja, até certo ponto), mas são obras assim que me animam a continuar insistindo em amar o Cinema. Uma entre centenas.
Alexandre Koball | Em 05 de Fevereiro de 2024. -
Uma cena ridícula do protagonista transando com um pedaço de terra mostra o quanto roteiristas podem quase estragar obras interessantes por puro ego. Ainda assim, é bom, poderia apenas ser mais sutil na transição da atitude de Oliver para conquistar os ricos recém-conhecidos.
Alexandre Koball | Em 01 de Fevereiro de 2024. -
Há certos excessos narrativos e um tom de apoteose que deixa a narrativa arriscada - nem sempre para um caminho agradável ("o espetáculo pelo espetáculo"). Mas Cooper está bem como diretor e como protagonista, enquanto Carey Mulligan brilha apenas esporadicamente. É difícil acertar inteiramente o ponto de uma biografia tão extensa e cheia de nuances. é difícil também sair do lugar-comum do gênero. De qualquer forma, como diretor, tem muito potencial.
Alexandre Koball | Em 31 de Janeiro de 2024. -
É um filme todo da dupla feminina, sobretudo de Julianne Moore, com uma interpretação cheia de nuances e algumas surpresas. Portman faz uma vilã bem interessante também, quase boa demais para executar esse papel, tornando sua personagem ambígua em intenções. Nem sempre tudo parece natural e constante, há a necessidade de incluir o fator choque (ou tentativa de), mas Todd Haynes tem estofo pra carregar uma obra dessa tipo com classe.
Alexandre Koball | Em 29 de Janeiro de 2024. -
Leva o espectador a caminhos inusitados e discute tradição e preconceito de forma bem estruturada (demora apenas um pouco para engrenar, enquanto apresente suas personagens), com bons personagens e bons diálogos. Há um pouco de exageração no arco dos personagens, mas tudo é crível.
Alexandre Koball | Em 25 de Janeiro de 2024. -
Tentativa de criar uma ficção científica intrincada esbarra na quase comédia involuntária, com um roteiro excessivamente recortado, confuso e superficial. Há uma boa ideia no fundo de tudo isso, mas a execução é atrapalhada por uma direção insegura e interpretações questionáveis.
Alexandre Koball | Em 24 de Janeiro de 2024. -
É uma nova versão de uma história real já clássica, tecnicamente primorosa (o cenário desolador e natural é de tirar o fôlego), diga-se de passagem. Houve um cuidado especial na recriação da época (com a participação de sobreviventes da vida real). Necessário perante a existência da obra de Frank Marshall (1993)? Provavelmente, não. Mas Cinema é isso aí também - revisitação, novas perspectivas, etc. Nem sempre funciona, aqui o resultado é bem positivo.
Alexandre Koball | Em 23 de Janeiro de 2024. -
Rye Lane tem uma linguagem moderna e ágil, mas acaba falando as mesmas coisas e apresentando o mesmo arco da comédia romântica média pós-adolescente. O cenário de Londres, para tal tipo de obra, pelo menos foge do padrão Nova York/Los Angeles/San Francisco/etc.
Alexandre Koball | Em 22 de Janeiro de 2024. -
O drama é mais intenso que grandes thrillers de Hollywood, a tensão sobre Julie é palpável, e ela ensaia como seria ser uma mãe solteira de classe pobre no Brasil durante toda a sua vida (não somente durante uma greve do transporte público). O final, porém, é irrealista e joga boa parte do esforço fora (para um filme que tenta ser hiperrealista, a cena final é o exato oposto). Grande obra com erros fundamentais.
Alexandre Koball | Em 19 de Janeiro de 2024. -
Super agradável a estética dos anos 1970, desde o material de marketing até a celebração da época na gelada Boston. Os personagens são irregulares e detestáveis, e no final se viram do jeito que dá, de acordo com o que as - péssimas - circunstâncias possibilitam. E isso torna suas interações reais e, na maioria dos casos, interessantes. Belo filme!
Alexandre Koball | Em 16 de Janeiro de 2024. -
Consegue desmistificar um pouco a doutrina espírita com um roteiro bem popular - excessivamente expositivo e efeitos especiais funcionais, mas grosseiros. Nosso Lar também funciona como um drama sobre arrependimento e redenção (ainda que no pós-vida).
Alexandre Koball | Em 15 de Janeiro de 2024. -
Mais modesto em suas pretensões do que a série original, essa prequel tem uma cadência melhor, personagens surpreendentemente interessantes (considerando o tema clichê distópico juvenil) e apenas um pouquinho mais longo do que o ideal (sem exageros na duração, portanto). Diria que é, portanto, o melhor da série, até então.
Alexandre Koball | Em 11 de Janeiro de 2024.