Lupas (3620)
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É um dos mais sólidos da série, ação --- um pouco --- mais pé no chão (tem malabarismos, mas não ao estilo Velozes e Furiosos), mas o excesso da duração e o fato de ser somente meio filme (por quê?) certamente tiram a força da obra. O conceito de Inteligência Artificial tomando conta do mundo é ao mesmo tempo cada vez mais real e palpável (o que pode assustar) e clichê, por já ter sido tão utilizado nesse tipo de obra. Sobretudo, muito divertido!
Alexandre Koball | Em 27 de Outubro de 2023. -
Gosto do fato de que não explica muita coisa sobre o aparato que faz comunicar com os mortos e já começa com uma demonstração do que poderemos esperar no decorrer da obra. Não fosse carregada como se gravada para um público pré-adolescente, certamente teria potencial para ser um grande filme de terror, mas o plot simplista e os diálogos pífios limitam a experiência. O final é bagunçado mas diverte (mais do que surpreende).
Alexandre Koball | Em 26 de Outubro de 2023. -
Cria uma ligação com o filme original, de 1989 (e o livro, obviamente), porém de forma muito sutil e desconexa. Novamente (assim como o reboot/refilmagem de 2019) não aproveita o set macabro do cemitério maldito em si e acaba caindo pro lado do slasher comum, praticamente, tirando a força de uma das histórias mais assustadoras de Stephen King.
Alexandre Koball | Em 24 de Outubro de 2023. -
Um bom filme policial que consegue trazer densidade a seus personagens e tem uma atmosfera e um tom de mistério que fazem manter o interesse em um gênero absolutamente desgastado. O roteiro consegue segurar bem a resposta de "quem é o culpado" e, mesmo quando faz a revelação, devido ao bom desenvolvimento dos personagens, continua bom.
Alexandre Koball | Em 23 de Outubro de 2023. -
O filme todo é uma grande metáfora para o estado mental da garota. Bonitinho, um tanto quanto óbvio e cansativo lá pelas tantas, definitivamente não consegue sustentar o argumento por muito tempo, e a ação com os alienígenas logo fica redundante. O diretor Duffield tem qualidades em criar suspense, mas não dá pra deixar de lembrar que, às vezes, mostrar menos e estender as expectativas (como fez genialmente Shyamalan em Sinais, 21 anos atrás) é o melhor.
Alexandre Koball | Em 19 de Outubro de 2023. -
O estilo de Wes Anderson fica ótimo em média-metragem. O aspecto visual é impecável - que filme lindo! - e a narrativa de conto de fadas não chega a ficar cansativa por conta da metragem limitada. Aliás, a narração repetitiva e óbvia, que poderia ser uma fonte de desprezo, causa um charme a mais, justamente por conta das expectativas controladas do formato. Um deleite de se assistir.
Alexandre Koball | Em 18 de Outubro de 2023. -
Pornochanchada com um roteiro absurdamente tolo que chega a ser engraçado. As personagens parecem bonecos atuando. Características de um tempo que não volta mais (esperamos, de fato, que a ditadura não volte nunca mais).
Alexandre Koball | Em 16 de Outubro de 2023. -
Filme focado em diálogos entre dois casais, às vezes intensos e super realistas; às vezes forçados e nada naturais. O que mais atrapalha, porém (e, na minha opinião, estraga a possibilidade de entregar um grande filme), é a montagem em flashbacks, que se misturam o tempo todo com o tempo presente. Ainda assim, difícil de tirar o olho da tela.
Alexandre Koball | Em 11 de Outubro de 2023. -
A obra de Herk Harvey caminha por rumos estranhos e personagens ambíguos, criando uma atmosfera de mistério constante e crescente, algo que funciona muito bem no gênero que o filme representa. Apesar do clímax ser um tanto quanto previsível (não tem o impacto de choque que talvez tenha intencioado ter), funciona muito bem, fechando o arco da história satisfatoriamente, dentro do contexto (claro que há coisas que não fazem sentido, mas aqui isso importa muito pouco).
Alexandre Koball | Em 05 de Outubro de 2023. -
A ambientação tem um bom potencial, a criação do terror (ou suspense) começa bem, o uso da religião como tema de fundo não é absurdamente forçado, mas, com todo esse potencial, o filme jamais deslancha, jamais entrega a tensão que poderia, o arco da história é bem previsível e o clímax é um show de horrores no sentido inverso do esperado.
Alexandre Koball | Em 03 de Outubro de 2023. -
Lança uma guerra entre sexos que só o filme e alguns de seus espectadores parecem se importar. Piadas sobre cavalos salvam o filme da total mediocridade, Ken tem muito mais personalidade do que todos os outros personagens juntos.
Alexandre Koball | Em 01 de Outubro de 2023. -
Até Indy entrou na onda de filmes quilométricos (mais de 2 horas e meia) com roteiro inchado, que simplesmente não conseguem sustentar essa duração e nos apresenta a personagens sem graça (o vilão é mediano, e a co-protagonista, no máximo irritante, e a criança, uma cópia de personagens de filmes anteriores). A parte de viagem no tempo ficou bem interessante, e Harrison Ford consegue levar adiante um personagem tão físico graças ao uso exagerado de CG, tirando parte da graça, realmente.
Alexandre Koball | Em 29 de Setembro de 2023.