Lupas (3621)
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Há certos excessos narrativos e um tom de apoteose que deixa a narrativa arriscada - nem sempre para um caminho agradável ("o espetáculo pelo espetáculo"). Mas Cooper está bem como diretor e como protagonista, enquanto Carey Mulligan brilha apenas esporadicamente. É difícil acertar inteiramente o ponto de uma biografia tão extensa e cheia de nuances. é difícil também sair do lugar-comum do gênero. De qualquer forma, como diretor, tem muito potencial.
Alexandre Koball | Em 31 de Janeiro de 2024. -
É um filme todo da dupla feminina, sobretudo de Julianne Moore, com uma interpretação cheia de nuances e algumas surpresas. Portman faz uma vilã bem interessante também, quase boa demais para executar esse papel, tornando sua personagem ambígua em intenções. Nem sempre tudo parece natural e constante, há a necessidade de incluir o fator choque (ou tentativa de), mas Todd Haynes tem estofo pra carregar uma obra dessa tipo com classe.
Alexandre Koball | Em 29 de Janeiro de 2024. -
Leva o espectador a caminhos inusitados e discute tradição e preconceito de forma bem estruturada (demora apenas um pouco para engrenar, enquanto apresente suas personagens), com bons personagens e bons diálogos. Há um pouco de exageração no arco dos personagens, mas tudo é crível.
Alexandre Koball | Em 25 de Janeiro de 2024. -
Tentativa de criar uma ficção científica intrincada esbarra na quase comédia involuntária, com um roteiro excessivamente recortado, confuso e superficial. Há uma boa ideia no fundo de tudo isso, mas a execução é atrapalhada por uma direção insegura e interpretações questionáveis.
Alexandre Koball | Em 24 de Janeiro de 2024. -
É uma nova versão de uma história real já clássica, tecnicamente primorosa (o cenário desolador e natural é de tirar o fôlego), diga-se de passagem. Houve um cuidado especial na recriação da época (com a participação de sobreviventes da vida real). Necessário perante a existência da obra de Frank Marshall (1993)? Provavelmente, não. Mas Cinema é isso aí também - revisitação, novas perspectivas, etc. Nem sempre funciona, aqui o resultado é bem positivo.
Alexandre Koball | Em 23 de Janeiro de 2024. -
Rye Lane tem uma linguagem moderna e ágil, mas acaba falando as mesmas coisas e apresentando o mesmo arco da comédia romântica média pós-adolescente. O cenário de Londres, para tal tipo de obra, pelo menos foge do padrão Nova York/Los Angeles/San Francisco/etc.
Alexandre Koball | Em 22 de Janeiro de 2024. -
O drama é mais intenso que grandes thrillers de Hollywood, a tensão sobre Julie é palpável, e ela ensaia como seria ser uma mãe solteira de classe pobre no Brasil durante toda a sua vida (não somente durante uma greve do transporte público). O final, porém, é irrealista e joga boa parte do esforço fora (para um filme que tenta ser hiperrealista, a cena final é o exato oposto). Grande obra com erros fundamentais.
Alexandre Koball | Em 19 de Janeiro de 2024. -
Super agradável a estética dos anos 1970, desde o material de marketing até a celebração da época na gelada Boston. Os personagens são irregulares e detestáveis, e no final se viram do jeito que dá, de acordo com o que as - péssimas - circunstâncias possibilitam. E isso torna suas interações reais e, na maioria dos casos, interessantes. Belo filme!
Alexandre Koball | Em 16 de Janeiro de 2024. -
Consegue desmistificar um pouco a doutrina espírita com um roteiro bem popular - excessivamente expositivo e efeitos especiais funcionais, mas grosseiros. Nosso Lar também funciona como um drama sobre arrependimento e redenção (ainda que no pós-vida).
Alexandre Koball | Em 15 de Janeiro de 2024. -
Mais modesto em suas pretensões do que a série original, essa prequel tem uma cadência melhor, personagens surpreendentemente interessantes (considerando o tema clichê distópico juvenil) e apenas um pouquinho mais longo do que o ideal (sem exageros na duração, portanto). Diria que é, portanto, o melhor da série, até então.
Alexandre Koball | Em 11 de Janeiro de 2024. -
Paddington continua apresentando um humor britânico delicioso em sua sequência, com personagens secundários igualmente atraentes (sobretudo a seção da prisão). Esse filme tem clamor praticamente universal. Não é pra tanto, mas é uma obra tão adorável e inofensiva que é difícil achar defeitos reais.
Alexandre Koball | Em 10 de Janeiro de 2024. -
Como quase toda cinebiografia, é recortado demais em seus acontecimentos (saltos gigantescos que deixam de lado algumas partes interessantes da vida e carreira do alvo), mas, pelo fator nostalgia de uma criança agora um adulto maduro, conhecer alguns pormenores (positivos e negativos) de um dos ídolos de sua infância é um programa indispensável.
Alexandre Koball | Em 08 de Janeiro de 2024.