Lupas (3750)
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A montagem confusa no começo, colocando dúvidas a respeito da culpabilidade do protagonista, foi absolutamente desnecessária. Depois, quando a obra se estabiliza no relacionamento entre ele e a personagem de Laura Dern (graciosa, aqui), ganha força e, sem dúvida, a parte final é quase devastadora. Edward Zwick faz um trabalho burocrático na direção, e os atores dão conta do recado, mas é, de fato, essa história que é o grande destaque.
Alexandre Koball | Em 26 de Março de 2025.
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Filme de ação descerebrada formatado como um vídeo-game dos mais genéricos. O que prende é a expectativa de ver como o mocinho conseguirá zerar o jogo, porém é muito pouco para fazer um bom filme.
Alexandre Koball | Em 24 de Março de 2025.
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Parte do Cinema engessado de Walter Salles (que já havia feito filmes melhores), mas vem em um momento mais apropriado do que deveria - quando o Brasil enfrenta forças que desejam devolver o poder a um regime ditatorial, e por isso deve ser visto com atenção. O drama pessoal aumenta muito mais a força da mensagem, e Torres entrega talvez a atuação de sua carreira, essa atriz super versátil que, daqui em diante, deverá crescer ainda mais.
Alexandre Koball | Em 22 de Março de 2025.
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Tecnicamente de tirar o fôlego, tem um ritmo ágil e coloca o espectador dentro da ação, em um momento especialmente sensível (mas, até hoje não é assim?) para as lutas dos povos envolvidos e de observadores internacionais - incluindo o alemão, que ainda vivia sob a sombra de ter sido a principal fonte do Mal do século XX havia menos de 30 anos.
Alexandre Koball | Em 20 de Março de 2025.
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Ficção científica e thriller de ação com elementos bem interessantes; o filme funciona muito bem enquanto mantém-se o mistério do que há dentro daquele abismo, e o relacionamento entre os dois atiradores funciona razoavelmente bem também, pelo menos o suficiente para tudo fazer minimamente sentido quando a ação começa pra valer. Ação que é bem padronizada e previsível, tira um pouco a força do suspense e devolve a obra ao lugar-comum. Ainda assim, vale pelo fator entretenimento.
Alexandre Koball | Em 18 de Março de 2025.
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Não sou particular fã de Bob Dylan, mas achei que suas grandes músicas (as mais famosas) foram apresentadas sem o impacto necessário (ver o público ouvir pela primeira vez e se surpreender, por exemplo). O trabalho meticuloso de Chalamet não passa desapercebido, mas no final é difícil se livrar do estigma de ser mais uma cinebiografia padrão de Holywood - para o bem e para o mal.
Alexandre Koball | Em 17 de Março de 2025.
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O humor carregado, paciente de Paddington só pode chegar até certo ponto. Pelo menos agora mudaram o cenário - talvez um terceiro filme na fria Londres teria sido demais para o formato. Dito isso, Paddington é visualmente impressionante e todas as personagens são divertidas, mas a história é muito fraca e o formato de "aventura estilo Jack Black/The Rock" é bem limitante.
Alexandre Koball | Em 15 de Março de 2025.
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É Cinema puro, a graça aqui está na montagem que joga a expectativa de quem assiste para todos os lados - menos para o que realmente acontece, e que você vai descobrir só lá pelo final. É um jeito divertido de ser e sentir-se enganado, despertando sentimentos como raiva, frustração, alegria, etc. É tudo bem montadinho e prende a atenção.
Alexandre Koball | Em 13 de Março de 2025.
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Graham se lança na direção com um filme simples e singelo sobre relacionamentos. A recepção foi bem ruim, as atuações estão um pouco estabanadas e sem sutileza alguma, mas gostei da ambientação (cidadezinha costeira e aconchegante) e o arco da protagonista serve como uma lição óbvia para todos nós - óbvia, mas necessária: para podermos ajudar aos outros, precisamos nos ajudar e nos amar primeiramente.
Alexandre Koball | Em 12 de Março de 2025.
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Poderia (e deveria) passar absolutamente batido como um thriller sem graça e que não sustenta a razoável curta duração, não fosse dirigido por Mel Gibson. Não tem timing, o pouco que constrói para apresentar seus personagens se esvai rapidamente pela falta de conteúdo, e a ação é do nível besteirol dos últimos Velozes e Furiosos. Enfim, absolutamente descartável.
Alexandre Koball | Em 09 de Março de 2025.
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Essa história já foi contada várias vezes e aqui não tem nenhum elemento novo interessante, talvez apenas o fato de que, há 10, 15 anos esses filmes realmente funcionariam como ficção científica e agora começam a parecer parte de um futuro possível. Cheia de pequenas reviravoltas - a maioria, previsível e até mesmo ignóbil, ganha pontos pelos bons aspectos técnicos e ambientação razoável, que aumentam ligeiramente o fator entretenimento.
Alexandre Koball | Em 08 de Março de 2025.
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O Brutalista é a jornada pessoal épica do ano. Não sei se é exagero (o tempo dirá?), mas Brody entrega-se a mais um papel poderoso, cheio de pormenores, que termina em um clímax de tirar o fôlego. O elenco de apoio, ao seu redor, faz o possível para acompanhar e é beneficiado com textos e direção primorosas. É longo sim, mas o arco do personagem principal se encaixa perfeitamente nessa duração exacerbada. Filmaço, provavelmente o melhor do seu ano.
Alexandre Koball | Em 07 de Março de 2025.