Lupas (749)

Pra quem achou que misturar cowboys e aliens em um filme estrelado pelo Indiana Jones e pelo James Bond ia resultar em algo genial... queimou a língua. Típico caso onde a obra simplesmente não engrena.

Belas ondas.

Descabido e extremamente divertido, tal como deveria ser.

A cena do jantar pós-velório é o resumo perfeito do que é 'Álbum de Família': um insuportável novelão familiar. Nem mesmo o duelo entre Streeps e Roberts é capaz de sustentar a bagunça.

Excetuando o equivocado final, as imbecibilidades do roteiro e uma Halle Berry canastrona, o filme até que funciona, sendo capaz de gerar um bom clima de tensão e nervosismo para manter o interesse.

Centrado principalmente em seu espetáculo visual, Gavin Hood não consegue gerar nenhum envolvimento emocional entre personagens e espectador ao trabalhar tão porcamente com os mesmos. Até diverte, mas se torna esquecível assim que sobem os créditos.

Sem grandes rebuscamentos, o filme conta, através de uma narrativa simples e objetiva, a jornada de dois personagens deslocados tentando encontrar a si mesmos. Não vai tão longe quanto poderia nesse estudo, mas compensa com belíssimas composições musicais

O ritmo lento e arrastado prejudica, mas não há como não louvar a esperteza do roteiro de 'Rango', repleto de sacadas inteligentes e criativas, além de que seu protagonista é deveras carismático.

De tão inofensivo, acaba por gerar indiferença. E no que concerne a elaborar uma trama repleta de histórias paralelas, esses roteiristas ainda precisam comer muito feijão com arroz para descobrirem como manter o interesse em tantas storylines.

Não adiciona nada ao currículo de seus envolvidos, mas também não subtrai. É uma aventura simpática e correta, que ainda consegue nos deslumbrar com o belo visual da ilha.

É curiosa as intenções do filme em mostrar a depressão pelos olhos de uma criança, mas direção e roteiro erram ao pincelar um clima bonitinho demais para tal abordagem. O carisma de Abigail Breslin, entretanto, ainda é capaz de elevar o saldo final.

Sem medo de cair no melodrama, Cassavetes explora todos os sentimentos possíveis no objetivo de fazer o espectador chorar, e embora apele em certos momentos, o resultado é surpreendentemente sincero e genuinamente tocante. Desatque para Sofia Vassilieva.