Forrest Gump de Robert Zemeckis X Max, Meu Amor de Nagisa Oshima por Paulo Santos Lima.
"Se em "Max, Meu Amor", Charlotte Rampling trai o marido com um macaco, o escândalo existe a partir da zoofilia, e não da infidelidade. É o que aponta Nagisa Oshima, uma vez que a excentricidade não estaria no ato propriamente, mas num olhar externo contaminado por um estatuto de "normalidade". No cinema dele, as figuras pendulam entre o fisiológico e o ideológico, cedendo ao impulso cientes das conseqüências da escolha. O que não é o caso de Bob Zemeckis, que acata a regra e determina a seus personagens a assimilação pelo sistema. Caso do nerd de "Forrest Gump", que peleja ser "normal". A fábula, aqui, funciona como veículo da ordem. E não é à toa que a modernidade de Oshima seja tão mais atraente."
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