- Direção
- Leon Hirszman
- Roteiro:
- Leon Hirszman (escritor), Gianfrancesco Guarnieri (peça)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Brasil
- Duração:
- 120 minutos
Lupas (15)
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Quando o idealismo do centro acadêmico enfrenta a realidade no momento de transição democrática. Esplendorosa a atuação da Fernanda Montenegro (pra variar). Algumas falas dos líderes soam artificias e didáticas, como se tiradas de uma assembleia estudantil mesmo. Mas isso não diminui o poder do filme, que explode nas micropolíticas pessoais entrelaçadas aos ideal da jovem democracia brasileira, que ainda se debatia por uma identidade (e ainda se debate). Ótimo retrato do Brasil.
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Não é fácil uma obra se tornar retrato de seu tempo e ainda assim soar como atual, um verdadeiro suco de Brasil. Hirszman nos mostra personagens e situações onde fica escancarado suas personalidades entre o coletivo, o individual, o heroísmo e a covardia, tudo em meio a repressão e medo.
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Momento inesquecível: Rostos cansados, feijões na mesa, troca de olhares, nenhuma palavra; gente sofrida, gente cansada. No cerne da família de proletários se encontram as feridas da ditadura, mas também companheirismo e liberdade. O filho vai, é tempo de aprender, tempo de viver.
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É um registro histórico muito potente. Logo após o fim do AI-5 uma obra desafiar o trabalhador a pensar no senso coletivo ao invés do individual e o inspirar a buscar seus direitos é, no mínimo, corajosa. Além disso, temos uma bela construção de companheirismo formada pela genial Fernanda Montenegro(Romana) e Gianfrancesco Guarnieri(Otávio). A cena dos feijões é linda. O encerramento sensível e grandioso com a cerimônia de enterro é perfeito para guardarmos essa obra elevada em nosso imaginário
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Independente da questão social,o filme é um drama também familiar com os atores em ótimas atuações.
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Panfletário mas mostra os dois lados? Não fala em trabalho mas ninguém dorme até mais tarde? Os comentários de "analistas de cinema" daqui conseguem ser mais pobres que um filme de 30 anos atrás. Que é ótimo - por sinal.
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É bem atuado e tem um bom ritmo, bom texto, porém seu conteúdo extremista e maniqueísta me enoja. Engraçado que neste filme ouvi muitas vezes a palavra greve mas não ouvi a palavra trabalho. Um filme completamente parcial, doutrinante e panfletário.
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Ótimo filme, mas o personagem Tião acabou saindo como um herói pra mim (e não é essa a ideologia do diretor).
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Amparado numa pequena quantidade de elementos cênicos e numa economia de diálogos, exibe força e intensidade ao lidar com questões trabalhistas, sentimentais e familiares. Grandes intérpretes em ação.
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Uma belíssima peça brilhantemente traduzida para o cinema. Personagens riquíssimos e verdadeiramente brasileiros de boteco. Obra prima do cinema nacional.
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Um filmaço super interessante do nosso cinema, com atuações colossais de Guarnieri e Montenegro.
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Relações familiares, sindicalismo, apatia política, amizade e diversos outros temas são brilhantemente trabalhados nessa pérola. Se tivesse uma direção um pouco mais elegante... Ah, que elenco!
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É o filme brasileiro que mais improvisou, e é um dos melhores! Grande elenco, grande roteiro, e ótimas metáforas ...
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O roteiro simples, contando com boas atuações, inicialmente, agrada. Porém, na parte final, o excesso de apologia aos sindicatos e à greve (algo importante à época), com algumas incoerências e desprezo a personagens cosdjuvantes, faz o interesse cair.
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Mesmo não gostando,pessoalmente,do ambiente dos operários,grevistas e afins,não tem como não cair o queixo com uma história tão envolvente. A família brasileira foi muito bem representada,Montenegro e Guarnieri num 'hour-concour".