Lupas (26)

Virei muito fã desse Coutinho, ótimos documentários, esse é incrível, tão lindo e familiar, gente como a gente falando sobre assuntos aleatórios dentro de um aglomerado de apartamentos, solidão, assalto, suicídio, sonhos, passado e futuro, e como já se passaram 20 anos fico imaginando e mega curiosa para saber como estão os personagens reais desse filme… Lindo, lindo… Eduardo Coutinho fará falta…

É muito comovente assistir a um mosaico de rostos e histórias tão díspares e distantes confluir. Em poucos minutos de entrevistas, nos afeiçoamos por aqueles moradores e funcionários que não parecem guardar nada de impressionante ou surpreendente à distância, mas que sob as lentes e condução de Coutinho ratificam sua própria humanidade.

Documentário de linguagem extremamente humanizada, uma viagem por grandes histórias de (quase) anônimos que, juntas, formam um tocante emaranhado de memórias e personalidades. Edifício Master é simples, mas é em sua simplicidade que reside sua beleza.

Gera um certo incômodo e ao mesmo tempo uma vontade incontrolável de sair batendo na porta da vizinhança para entrevistá-los e conhecer um pouco mais daqueles os quais divido parede e realmente desconheço.

Pequenas estórias que, às vezes, nem necessariamente precisariam vir à público, mas que, sob a sensível condução de Coutinho, ganham ares sublimes. Só digo que me deu uma súbita vontade de sair entrevistando as pessoas aqui do condomínio! rs

Um mundo à parte reside nesse edifício. Vontade de ter acompanhado do lado da câmera, participar de todas as conversas que devem ter acontecido. Ficção é algo maravilhoso, mas a experiência de viver um documentário também carrega uma aura vitalícia.

A fórmula consolidada em "Santo Forte" é repetida aqui por Coutinho. O resultado, contudo, é ainda mais impactante. Edifício Master reúne alguns dos personagens mais fascinantes que o mestre entrevistou em sua longa carreira. Foda!

Os trabalhos de Eduardo Coutinho é de uma sensibilidade inigualável!!

um dos raros filmes que poderiam ter duas horas a mais e você continuaria hipnotizado por ele até o último minuto

Histórias concisas, precisão nos cortes, montagem de primeira linha, fazem deste documentário, cinema para ninguém por defeitos.

Um retrato sensível e supostamente real da classe média brasileira e todos seus tipos sociais e barulhos, suas visões de mundo, sonhos e lugares comuns, vivendo na selva urbana em meio ao desconhecimento do outro, dos rumos do país e da própria vida.

A idéia de um documentário com pessoas "normais", por si só já é bem ousada, e claro, nem sempre interessante, mas conseguimos fazer um retrato de nossa sociedade de uma maneira geral e o resultado é satisfatório, mas não genial.

Pessoas comuns, ordinárias, sem grande visibilidade na sociedade, mas com histórias de vida tão ricas que as tornam especiais diante da câmera de Coutinho, diante do cinema.

25/07/05

A luz do sol penetra através das janelas do Edifício Master e ilumina preciosos fragmentos de vida.

Pra quem gosta de gente, quem tem sentimento de mundo e amor ao próximo. Os condôminos do Edifício Master são mais que meras faces familiares que se cruzam no elevador: possuem, cada um, sua personalíssima história para compartilhar.

Quem não queria ter contado a vida para Coutinho?

Nunca pensei que um documentário sobre pessoas comuns pudesse ser tão interessante, com grandes histórias. Simples e criativo.

Coutinho é um observador referencial.

As histórias de vida de pessoas pertencentes a um universo de concreto: umas desinteressantes, outras emocionantes e algumas engraçadas.