Crianças más em filmes de terror sempre rendem resultados decentes e elogios merecidos. Das que já existiram no cinema, a grande maioria elege como a mais malvada o pequenino Damien de A PROFECIA. Eu, aliás, não! Macaulay Culkin, como Henry em O ANJO MALVADO é meu preferido, pois em minha opinião Damien pode até se vangloriar em ser filho de satã, mas não tem a mesma criatividade de malvadez que Henry (também conto o quesito de atuação, ok!). Sem falar que Henry faz suas artimanhas dolosas sozinho, sem ajuda de ninguém, o oposto de Damien, que precisa de uma babá devota ao diabo e até de um cachorro como cão de guarda como escolta. Mas és que surge Esther, uma garotinha de personalidade insana, que deixa tais garotinhos com um pé atrás. E vamos ao filme!!!
Esther é uma adorável garotinha de nacionalidade russa que mora atualmente em um orfanato nos Estados Unidos. Por sorte dela e azar de outros, é adotada por um jovem casal, Kate e John, pai de duas crianças, Daniel e Max. O que era pra ser um lar de amor e harmonia se torna um inferno, quando Kate percebe que por trás do ingênuo rosto Esther se esconde um perigo iminente que pode colocar a vida de seus dois filhos em risco.
Num subgênero já batido de clichês, A ÓRFÃ tem muitos. E o que era pra ser mais uma investida em tropeços da produtora que se diz especializada (ser especialista é uma coisa, ter a finalidade é outra) em filmes de terror Dark Castle (exceto pela A CASA DE CERA – mesmo diretor de A ÓRFÃ inclusive, ta aí a qualidade), acaba se tornando um ótimo filme, com um bom roteiro (apesar da cena do braço quebrado ser forçada) e mega elenco; e que pra mim o melhor suspense do ano passado.
Como disse, o bom roteiro de A ÓRFÃ faz o telespectador se envolver completamente na trama, se horrorizando com cada crueldade vinda de Esther, não vendo a hora dela receber o troco, e se lastimando com toda dó do mundo por suas pobres vítimas (a filhinha caçula do casal, Max, que é surda-muda, é prova disso).
E com uma revelação surpreendente, que responderá várias coisas que o filme deixa em questão, como do porquê de sempre Esther usar pulseiras no pescoço e pulsos, de tomar banho com a porta trancada, de não querer ir ao dentista e de ter uma maturidade fora do comum pra uma menina de apenas 9 anos, A ÓRFÃ é um entretenimento de arte e que em minha opinião já virou clássico daqui há uns 10 anos. E eu que pensava que Macaulay Culkin tivesse sido a criança mais malvada do cinema...
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