Hollywood realmente está escassa a todos os tipos de idéias. Quando não é uma refilmagem (que são tantas que nem dá pra contar), é um filme que se diz ser original, mas na verdade é um caldeirão de referências a outras produções cinematográficas. E ALMA PERDIDA dá um show disso.
O mais fiel e informado fã do gênero, notará de cara a colagem feita pelo diretor David S. Goyer (seu primeiro trabalho na cadeira de direção foi o último filme da série do vampiro Blade). Ele deduzirá a protagonista do filme Casey Beldon, ser uma verdadeira Rachel Keller de O CHAMADO, decidida a investigar um caso estranho e sobrenatural (a propósito, por incrível que pareça, há uma fita, isso mesmo, uma fita, mesmo não tão importante para o filme de O CHAMADO quanto para ALMA PERDIDA, mas há), com o azar de ser perseguida pelas aparições de um garoto fiel ao figurino de Damien de A PROFECIA, onde entre suas formas de aparecer está sobre o reflexo no espelho (olha a referência aí ao coreano ESPELHO). O garotinho também produz duas vezes no filme o mesmo estralado estranho e irritante da Kayako de O GRITO. Sem falar do tipo de clima em que a história se ambienta. Aquele inverno americano, que faz com que as pessoas usem cachecóis, luvas, botas (eu me lembrei de O ANJO MALVADO de Macaulay Culkin, num vô mentir). E tem aquela enxuta cena de exorcismo em que um padre lê em latim algum livro sagrado (vejamos, o clássico O EXORCISTA e o mais recente do subgênero O EXORCISMO DE EMILLY ROSE, nos faz recordar).
Somando nessa verdadeira salada, temos: efeitos sonoros dos melhores, uma impecável fotografia, cenários inteligentemente escolhidos e assombrações e fantasmas bem feitos e bem realizados, que mete uns sustinhos em alguns momentos de projeção do ca-ce-te!!!
Concluindo, você sairá de frente da tela com aquele gosto de já ter visto aquilo antes, em algum lugar...
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