Lupas (3820)
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Ancorado basicamente pela atuação magistral de Cynthia Erivo (e a edição ágil), o filme resgata uma verdadeira heroína, praticamente esquecida. Ainda que a história tenha força própria para conduzir a narrativa, o roteiro merecia mais cuidado realístico, principalmente, nos eventos onde dramatiza demais a ação, sem necessidade (1a travessia de rio com resgate da família, discurso pro senador, lição de moral pro ex-dono etc). Faltou a Lemmons sensibilidade para não transformar Minty em Rambo.
Gilberto C. Mesquita | Em 29 de Junho de 2020. -
A premissa do roteiro é interessante no início, no entanto, o tempo vai passando e, entre uma ou outra metáfora mirabolante, em meio a uma bela direção de arte (os cenários e figurinos são de dar inveja a filmes de época), acompanhada por uma trilha sonora esquisita (ritual indígena?), Jessica Hausner nada acrescenta à trama, além de inconsistências (a planta inteligente leva 94 min para zumbizar sua criadora, que passa mais tempo na estufa?), e sequer dá um desfecho criativo que a obra merecia.
Gilberto C. Mesquita | Em 29 de Junho de 2020. -
Só ausência de uma subtrama para Shannon Elizabeth já tira vários pontos na qualidade. Sem investir mais incisivamente nas piadas politicamente incorretas, que foi o forte do 1o filme, restou a Kevin Smith fazer o contrário disso, além de referenciar outras obras trash diversas e a si mesmo ("celebridade superestimada da cultura pop americana") e apologizar as drogas. Pelo menos as várias aulas irônicas sobre a diferença entre remake e reboot trouxeram uma curiosidade útil para quem não sabia!
Gilberto C. Mesquita | Em 28 de Junho de 2020. -
O filme é só um amontoado de piadas nada politicamente corretas, algumas boas: "clitóris feminino?"; "Em noites como esta, sinto falta de sair com uma lésbica"; "Ao contrário do que pensa, nem todo mundo dessa indústria é homossexual"; "Seu pai sabe que você trás café para um negro?"; "Outro cara branco nesse filme? Merda!"; "O grelo é real... o orgasmo feminino que é um mito!"; "Adoráveis damas, alguma de vocês não queria fazer uma audiência privada para estar no meu filme? Traga essa bunda!".
Gilberto C. Mesquita | Em 25 de Junho de 2020. -
Antes de tudo, o roteiro demonstra que talento independe de etnia, credo, condição social etc. A história de superação já vale o ingresso, mas a direção consegue criar alguns bons momentos de tensão e, porque não, de propaganda positiva do governo francês. Para os amantes do xadrez, infelizmente, a maioria das jogadas foram apressadas e nada coerentes. As atuações não marcam, mas a simpatia da pequena Luna (Sarah Touffic Othman-Schmitt), que poderia ter tido mais espaço na trama, se destaca.
Gilberto C. Mesquita | Em 25 de Junho de 2020. -
A reflexão inicial do roteiro, de que qualquer criminoso drogado pode ser um líder religioso e o que ele fará com esse "poder" pode ser muito preocupante, acaba se dissipando nas subtramas que, disfarçadas de filosofia crítica, na verdade, trazem uma espécie de ativismo anticatólico. As soluções se mostram simples, como se, tirando a batina, o impostor se despisse de seus pecados e estivesse pronto para uma nova vida, mas falou finalizar a obra. Destaque para a atuação convincente de Bielenia.
Gilberto C. Mesquita | Em 24 de Junho de 2020. -
Mesmo o roteiro sendo comum (e bem previsível), seus diálogos com tom de humor conseguem gerar expectativa, e a direção se aproveita disso para realizar cenas agradáveis, valendo-se também da boa direção de arte (cenários e figurinos belíssimos) e da fotografia de qualidade (paisagens deslumbrantes, em meio aos closes dos rostos bonitos do elenco). As atuações ficam dentro da normalidade, mas a simpática Anya Taylor-Joy se destaca e dá ótima energia positiva à protagonista casamenteira.
Gilberto C. Mesquita | Em 24 de Junho de 2020. -
A ideia do roteiro é boa, mas a adaptação do livro de Agatha Christie para a obra cinematográfica ficou devendo, principalmente, por causa das informações expostas sempre de modo repentino, sem uma sequência narrativa de mais suspense. A direção não se preocupou em apresentar melhor os personagens, com isso, o despacho acabou muito abrupto. As atuações não atrapalham, porém, Sutherland deveria ter dado uma personalidade marcante qualquer ao protagonista, que ficou totalmente sem alma.
Gilberto C. Mesquita | Em 24 de Junho de 2020. -
Sem muito cuidado com a adaptação da história do livro de Agatha Christie (ou mesmo da peça), o roteiro reduz o "confinamento" e as ações de "justiçamentos" a uma trama tola, como essas do gênero terror, onde jovens vão desaparecendo. A direção não consegue reproduzir o clima de suspense e tensão que se esperava, preferindo investir mais num romance brega entre o casal bonitão (com destaque para a bela "Bond Golden Girl", Shirley Eaton), o que prejudicou bastante o desfecho muito abrupto.
Gilberto C. Mesquita | Em 23 de Junho de 2020. -
Obs: comentário feito na 1a parte, sobre o Cj Obra. Infelizmente, como deve ser alguma espécie de "mandamento" para séries de mistério, essa 2a Temp deixa quase todas as subtramas em aberto (à espera de continuação que não veio?), o que impede uma avaliação melhor. "24 Horas" fez sucesso por causa das conclusões: a cada episódio, novas subtramas eram abertas, mas outras anteriores iam sendo fechadas, ao contrário de "Lost". Com essa 2a parte encerra-se a lista da 1a Ed do livro "1001 Filmes"!
Gilberto C. Mesquita | Em 22 de Junho de 2020. -
A força da série está nos personagens doidões (e logicamente nas atuações magistrais do elenco), cujos diálogos, bordões e tiradas inteligentes sustentam toda confusão repetitiva do roteiro. A direção "brinca" o tempo todo com situações bobas, tornando-as divertidas (como o caso comum de 1/160 milhões, a cirurgia psíquica do carcinoma etc). A 1a Temp é mais criativa, já a 2a se perde nas mesmas situações "caca-fantasmas" e não investe tanto em algumas boas subtramas. (Obs: análise do Cj Obra)
Gilberto C. Mesquita | Em 22 de Junho de 2020. -
A pessoa pega uma câmara (fixa na janela de um carro em movimento, presa num poste, na mão balançante, etc) e sai filmando qualquer coisa (cinema "avant-garde"), posteriormente, edita o material com uma voz enfadonha ao fundo, narrando algo, sem relação com as imagens ou contextualização (independente do mérito) e chama isso de documentário. Mais uma piada do livro "1001 Filmes"! Como sugestão fica a ideia de fazer uma produção semelhante com a leitura explicativa de "O Capital".
Gilberto C. Mesquita | Em 21 de Junho de 2020.