Lupas (164)

O roteiro assinado por Seth Rogen é deveras divertido no lado cômico, mas não segura o longa-metragem como o produto de ação que tenta se vender, um pouco pelos furos da história e muito pela direção nem um pouco inspirada de Michel Gondry

O filme, limitado pela narrativa clássica que se propõe executar, funciona bem em seus objetivos e acaba sendo um drama nem demais pretensioso nem de menos desinteressante. Helen Mirren é o destaque

Charlie Kauffman constrói sobre todas as óticas um manifesto de autor em cima da história do teatrólogo tentando transpor para os palcos a história de sua vida. 'Sinédoque...' é assim: um punhado de tudo que Kauffman fizera (boas e ruins). Lindo e amarg..

Se sustenta bem nas passagens cômicas, mas quando tenta fazer gancho destes isolados momentos com o romance entre Heath Ledger e a rapariga vira um pastiche shakesperiano

Sim, o filme é daqueles difíceis de se torcerem o nariz, brincando muito bem com os estereótipos, tendo alguns dos momentos mais hypados das comédias românticas dos anos 90 (Ledger cantando 'I love you baby'). Mas pra estar no top 10 do Lattu...bem...

Com o perdão do trocadilho, seria melhor caso fosse menos genérico nas suas resoluções e a ação social que tenta promover fosse menos evidente. Mas até que cumpre seu papel como comédia romântica casual

Uma pequena jóia da comédia no começo da década 2000, tendo como principal trunfo a estabilidade do humor nos diversos plots da trama. Filme dos mais engraçados

Despretensioso e avacalhado como todo filme B deve ser, mas isso não o salva de ser uma pequena bomba - seu roteiro tem poucos momentos de inspiração, e as tomadas em 3D tiram todas as chances de alguns planos interessantes. Mas isso já era esperado

Uma farofada psicológica sem tamanho, desde as aparições materiais das assombrações até referências a clássicos como Poltergeist e os Caça-Fantasmas (!). E, claro, Rose Byrne mostrando que as mulheres, quando nervosas, ficam ainda mais belas

Um filme pequeno, com certeza, e com alguns defeitos, mas contado com muita paixão e sinceridade - coisa rara no Cinema nacional atualmente

Ang Lee absorve a fervura dos romances proibidos (como em outras obras de sua autoria) e os projeta na tela de maneira hiper potencializada através do tom monocórdio com que a narrativa é estabelecida. Um filme lindo, de planos certeiros, de pura arte

Talvez o último filme a tratar de um romance a modo hollywoodiano realmente poderoso. Para mim, a obra-prima de Ang Lee, pela delicadeza mas ao mesmo tempo pela direção firme dos atores, pelas nuances da fotografia, pelo tocante desfecho...