Lupas (79)

Só depois de uma segunda sessão foi que eu pude entender o que Allen quis dizer com Tudo Pode Dar Certo. Texto afiado e bem interpretado por Larry David traz como surpresa uma Evan Rachel Wood inspirada, com inocência e sotaques dignos de nota.

Universal em sua temática como poucos filmes nacionais, mas bastante solto quanto a amarração dos personagens e seus conflitos. A fotografia merece destaque.

Se as inconstâncias da adolescência hoje se prologam até os 30, sam mendes soube olhar pra isso e fazer um filme sobre essa geração ainda perdida. Leve, engraçado e de fácil identificação, parece um "Juno" feito para adultos.

Tecnicamente fraco,este documentário vale pela bacanice de vermos o antropólogo traçar um painel de sua trajetória intelectual e explicitar alguns pontos fundamentais de sua teoria sobre o pensamento selvagem.

Apesar de engraçado e cheio de referências pop, não acrescenta muito ao gênero das comédias românticas indie. Muita gente deve pensar o contrário.

Nicholas Cage está bem, com aquele ombro que vai entortando a cada novo problema em que seu personagem se mete. Alucinações com iguanas e almas que dançam ajudam o filme a ser engraçado, apesar de confuso.

Baseado em livro de Naomi Klein, é um bom documentário para quem se interessa em entender sobre os impactos das políticas globais. Traça um painel de como o mundo ocidental chegou à crise econômica de 2008.

Tarantino maduro e mais arrogante, mixando velhas e novas referências. Apostou na catarse e me fez roer todas as unhas.

Saindo da mesmice do cinema pipoca pra adolescentes, boa narrativa sobre o encontro entre duas pessoas. Usa bem as elipses nos poupando dos clichês, tornando tudo mais delicado até no momento mais agressivo. Lembrem-se que teremos sempre a cena da piscina

Apesar do crash das belezas de Amanda Seyfried e Julianne Moore elevar bem o nível, a trama pareceu uma mistura entre De Olhos Bem Fechados e A Orfã, sem, no entanto, conseguir o melhor de nenhum dos dois.

Tudo tem a primeira vez e hoje finalmente entendi o que sempre li por aí sobre um filme ambicioso que não alcança o que propõe. Fala de muita coisa durante bastante tempo e sem impressionar. Destaque para Noomi Rapace, a hacker gótica.

Tentando uma mistura diferente a partir de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Quero Ser John Malkovich e algo do romance Almas Mortas do russo Nikolai Gogol, Sophie Barthes consegue alguns momentos bonitos e pouca novidade.