Lupas (79)

Rápido, colorido, atual e com uma menininha que fala palavrões suficientes, arranca pernas e coleciona facas. Beatrix Kiddo encontrou sua sucessora e o nome dela é Hit Girl.

Dá até saudades da Meg Ryan e das boas fórmulas pra se contar uma comédia romântica.

Um filme feito à medida da loucura do encontro entre Rogério Sganzerla e Helena Ignez. O marginal e a mulher do bandido num dos encontros mais felizes e ousados do cinema nacional.

Cumpre bem a função de contar a história dessa noite em que um novo jeito de fazer MPB subia ao palco e aos poucos ganhava apoio popular. Melhor só se o 3D levasse a gente para a platéia do Festival.

Caso raro e difícil de desconstrução do imaginário televisivo que paira sobre Odorico Paraguaçu e todos os incríveis personagens de Sucupira. A mensagem final de tons pedagógicos poderia ter duvidado menos da inteligência do espectador.

A premissa básica de um homem que retorna a alguns minutos de seu passado constrói um roteiro quebra-cabeça que faz pensar em Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças como um herdeiro mais pop.

O que mais chateia é a estética televisiva. Amanda Diniz merece uma estrelinha pela fofa Daiane.

Bom o uso que Rodrigo Cortés faz do espaço de ação reduzido. O roteiro engana a gente - de uma forma bacana - bem quando é possível pensar que tá tudo perdido. O final é bem tenso, dá até pra torcer.

Depois do prêmio da crítica no Festival de Brasília 2007, só agora o filme chega ao circuito. Poético e vibrante como os filmes de Belmonte costumam ser, este revela um ótimo ator: Eucir de Souza. Vale muito a pena.

A melancolia do som do teremin, a bagunça de um hotel, uma mãe egocêntrica e no meio disso tudo uma menina descobrindo como se relacionar com o seu mundo e o dos outros.

Traduzir o verão sob a perspectiva de um rapaz que se vê envolvido com três garotas enquanto tenta compôr uma balada de marinheiro é coisa de gênio. Um bom exemplo de como usar a juventude como metáfora para o verão e ainda fazer um bom filme.

Todo o cuidado com fotografia e direção de arte parecem ter faltado quanto ao roteiro. Colin Firth merece os elogios.