Lupas (315)

Jovem e Bela não é exatamente o que podemos chamar de "filme carismático"... A frieza quase nauseante das cenas de sexo, a trama no mínimo pouco ortodoxa, ritmo lento, e mensagens dúbias podem ser uma pedra no sapato do cinéfilo que estiver procurando por um drama francês sofisticado e convencional. Mas a atuação super natural e comprometida de Marine Vacth, uma trilha sonora delicada e marcante, e uma fotografia notável fazem deste singelo filme independente europeu uma assistida válida. Bom.

Parecido com seu antecessor narrativamente,mas um inegável upgrade do mesmo visualmente,O Caminho da Água é uma experiência visual única,que confirma o que todos já desconfiavam:James Cameron é o grande revolucionário tecnológico do cinema recente.Porém,o longa também confirma a critica que assombra a filmografia do cineasta:Se seus filmes tem primor técnico de sobra,o mesmo não pode ser dito sobre o storytelling dos mesmos,sempre deixando a desejar.No fim,o que temos é uma grande salada mista.

Esperava mais dessa continuação.Aqui temos basicamente as mesmas peças,mas só que colocadas no tabuleiro com menor inspiração.Cate Blanchett continua ótima na pele da Rainha Elizabeth I,uma pena que o resto do elenco não esteja no mesmo patamar,embora Rush continue tendo seus bons momentos como Whasingham,aqui seu personagem é jogado pra escanteio,dando lugar à novos personagens desinteresantes,como o pirata conquistador de Owen.É inferior ao longa de 98,mas Era de Ouro tem qualidades próprias.

Cate Blanchett domina este muito bem feito thriller político de época que só tem sua estética imersiva superada pela sua trama interessante e bem elaborada.Baseado em fatos reais,o filme brinca com diferentes subgêneros,ao passo em que habilmente subverte as expectativas do público ao oferecer mais do que um livro de História encenado.Nós sabemos como tudo termina,mas a intensidade da vida e personalidade de Elizabeth é atemporal em seu apelo dramático.O filme,no que se propõe a ser,é ótimo!

Muitos não entenderam a proposta desse filme,nem se identificaram com a forma como a estória é contada,e com a estética geral.Mas acredito que Desventuras em Série é uma comédia dramática com muita personalidade,que merece o status Cult que ganhou de alguns cinéfilos.Claro,às vezes as afetações de Jim Carrey podem ser cansativas,e até irritantes,mas quando o ator tem bons momentos,ele brilha e eleva todo filme junto.Não é "cinema fino",mas é sim um bom filme com personagens marcantes.

Se está atrás de um entretenimento trash/gore com uma duração curta e estória simples,O Albergue é o filme pra você. Essa comédia macabra/sátira social de Eli Roth é o clássico "filme fast-food",daqueles que você alugava a noite pra assistir com os amigos enquanto bebia e se entupia de pizza.Um exemplar do cinema jovem adulto "proibidão" dos Anos 2000,o retrato de um período na cultura popular,até nostálgico.O comentário social é óbvio,o foco aqui é o soft porn mesclado com o horror trasheiro.

Mais um filme/acontecimento de James Cameron,o fornecedor de espetáculos visuais definitivo do cinema.É bem verdade que,assim como outros do realizador,Avatar sofra de um roteiro excessivamente esquemático e previsível,até batido mesmo,não atoa é zoado como sendo uma espécie de ''Pocahontas do espaço''.Mas apesar de sua fragilidade narrativa,esta empolgante aventura SI-FI se vale muito bem de seus visuais impressionantes para se sustentar como entretenimento,com muita ação e drama envolvente.

Um dos filmes mais bem sucedidos do século 20 em vários aspectos,e muito merecidamente.Titanic é uma releitura dos romances clássicos da Era de Ouro de Hollywood.James Cameron fez com que um filme com uma temática datada se tornasse a obra mais bem sucedida da história por longos 12 anos(sendo superado apenas por ele próprio em 2009,com o também muito bom Avatar).Uma linda história de amor,Titanic é romance épico dos anos 30 produzido com a tecnologia dos anos 90.Grandioso e inesquecível...

A doce inocência e impossibilidade da coisa toda,em um roteiro deliciosamente divertido e redondo,fazem com que esta singela dramédia americana funcione muito bem.Outra coisa que ajuda é o fato de contar com um carismático elenco em plena sintonia,com destaques óbvios para Kinnear,Collette,e a então revelação Abigail Breslin.Encontrar pessoas que não gostam de Pequena Miss Sunshine é difícil,pois é um filme que tem elementos muito charmosos,como personagens simpáticos e frases icônicas.Ótimo!

Para todos os efeitos, um drama criminal eficiente. Sua satisfação com o filme vai depender muito do nível da sua imersão na trama e afinidade com os personagens, identificação. Tem um bom elenco juvenil e adulto, o destaque vai para Justin Timberlake, por incrível que pareça, o cantor consegue roubar a cena. O filme é livremente baseado em uma história real, então também é mais ou menos uma biopic, te desperta interesse o suficiente para pesquisar sobre o que aconteceu de verdade depois que vê.

Bastante caricato,abusando de estereótipos,e com pouca ou quase nenhuma autenticidade,House of Gucci mais parece uma esquete estendida do SNL,e hoje em dia essa comparação não é lisonjeira...Nem acredito que foi mesmo Ridley Scott que dirigiu essa tosqueira,se bem que já faz um tempo que ele está trabalhando no piloto automático.O filme tem lá seus momentos,graças aos valores de produção(se bem que não fazem mais que a obrigação,considerando o orçamento pornográfico)mas de resto,é fraco e chato.

foda-se? kkk...