Lupas (315)

Continuação muito abaixo do original, mas também, eram sapatos enormes para calçar...Embora o filme inteiro pareça nada mais que uma nota de roda pé na trajetória de Indy, Templo da Perdição ainda consegue garantir algum entretenimento genuíno a moda antigo graças, em grande parte, ao carisma de Harrison Ford e a direção afiadíssima de Spielberg.

Painted Veil tem os ingredientes de um grande filme,a julgar pela cinematografia(exuberante e ressecada),trilha, e atores de alto calibre.Outro forte do filme é o roteiro, que desenvolve o casal protagonista com empatia e nuance, são duas pessoas muito falhas, mas determinadas à se corrigir.Porém, a direção peca em alguns aspectos, por vezes complicando mais a experiência do que ajudando, com algumas cenas indulgentes e enfadonhas, a edição arrastada também não ajuda.Bom, mas podia ser melhor...

Apenas assistam a animação original, é isso.

Vol.3 é uma boa conclusão para os arcos desses personagens que acompanhamos ao longo de quase 10 anos.O plot é uma bagunça,pois tenta fechar todas as questões do último filme,mesmo as que ninguém se importava.Também é um pouco longo demais,apesar de algumas cenas serem magistralmente editadas.O melhor do filme são os flashbacks do Rocket,esse foco maior nele foi bem-vindo e amarra todo seu arco com coesão.A soundtrack neste filme ficou muito excessiva.Apesar de falho,é o melhor da Mavel em anos.

Rain Man é um clássico contemporâneo do cinema americano.Um filme com uma estória até então muito original,uma dupla de protagonistas afiadíssima esbanjando química e talento,e uma direção sensível,que sabe retratar o personagem título com humanidade ao mesmo tempo em que capta o fascínio pela genialidade do mesmo.Foi um longa barato,lançado quase que independentemente,com uma produtura à beira da falência(United Artists),mas que acabou virando um grande sucesso de bilheteria e ganhou o Oscar...

Casa Grande é um filme nacional de gênero, que consegue desenvolver seus temas de uma forma que não precisa enfiar mensagens goela abaixo do espectador (mas a militância fica clara). Gostei das atuações, e o filme também tem bons momentos de humor pra trazer leveza em meio às circunstâncias sérias que se propõe a retratar. Achei o final meio abrupto e sem graça, achei que toda aquela escalada dramática no fim do segundo ato teria um gran finale à altura, e também a duração é irrisória. Regular.

Um bom thriller de tribunal dos Anos 90,com um bem feito e oportuno 'twist' no final(apesar de um pouco previsível).A trama é interessante e cheia de comentários sociais ácidos nas entrelinhas,a direção e o roteiro são sólidos o bastante para não fazer perder o interesse,mas a subtrama romântica e o juridiquês excessivo em alguns momentos atrapalha.Richard Gere está apropriadamente astuto e charmoso como um advogado pilantra em busca de redenção,e Ed Norton,em sua estreia,arrebenta a porra toda.

Uma adaptação pra lá de heterodoxa de D&D...Assim como quase todo filme atual,eles aderem à agenda moderna da grande mídia,de inserir pautas de ativismos e elenco forçadamente diverso,essa é uma forma das empresas fazerem publicidade positiva,parecendo "conscientes"...Mas o filme até que é divertido e eficiente dentro das suas limitações,tem uma trama redonda e personagens carismáticos o suficiente pra gerar identificação,é um bom entretenimento.Num universo de bombas,pelo menos um filminho bom.

Uma comédia romântica inglesa dos Anos 90,que se tornou um inesperado fenômeno em sua passagem original pelos cinemas,e influenciou vários outros filmes de seu gênero.Mike Newell dirige a fita independente de forma apropriadamente econômica e bem redonda,não arrisca além do que pode,um trabalho contido,mas eficiente.O também enxuto,mas criativo roteiro de Curtis desenvolve sequências genuinamente hilárias,e constrói seus personagens com empatia e nuance.Grant está impecável no papel principal.

É obviamente um espetáculo visual, inclusive o marketing do filme se valeu disso completamente. Toda narrativa do filme é basicamente um amotoado de set-ups pra mostrar os valores de produção do filme, apesar de contar uma estória emotiva e cheia de pretensas mensagens.

É impressionante a vitalidade e eficiência com que Keanu Reeves tem sustentado essa sua nova fase como astro de ação. O ator de quase 60 anos consegue parecer leve e ameaçador como se fosse um jovem lutador de MMA, sua entrega física para o papel é realmente louvável, e compensa quase inteiramente suas limitações dramáticas. Em Baba Yaga, o lore da franquia John Wick se expande para lugares inesperados e interessantes, abrindo brechas para spin-offs focados em diferentes partes de seu universo.

É levemente inferior ao primeiro filme, mas ainda sim, é um entretenimento bem sólido. Eles conseguiram desenvolver um bom seguimento narrativo pro primeiro filme, e começaram a fazer a construção do lore da franquia.