Lupas (1003)
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Incapaz de dar conta da realidade que pretende recriar, Nemes, com sensibilidade e técnica, desloca o horror da guerra para o 2o plano (sempre fora de foco) e o extracampo, e fixa no 1o os resquícios de humanidade de um mundo em ruínas. Grande filme!
Régis Trigo | Em 05 de Janeiro de 2017.
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Após um início promissor, com um humor cáustico que lembra "Huckabees", "Joy" perde força ao optar por uma narrativa tradicional (o que revela a futilidade da história do esfregão), e sucumbe por completo com um 3o ato mal resolvido e vários falsos finais
Régis Trigo | Em 04 de Janeiro de 2017.
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A falta de semelhança entre Kidman e Grace Kelly é o menor dos defeitos: Some-se a isso a incoerência dos personagens, os falsos momentos de suspense, a pobre caracterização do contexto político, os diversos finais, e por aí vai. Bola fora quase total.
Régis Trigo | Em 04 de Janeiro de 2017.
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Cai no terço final, quando algumas soluções fáceis e a síndrome de scooby-doo surgem em excesso. Mas mais que a trama, interessa a Verhoeven o estudo de personagem de Huppert, cuja riqueza dá ao filme mais camadas do que a média do gênero. Trash com grife
Régis Trigo | Em 03 de Janeiro de 2017.
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Schamus se sai bem na adaptação de Roth, e com sensibilidade fala de tradição judaica, iniciação sexual, e respeito às instituições. Palmas para o longo debate de ideias entre o reitor e o protagonista. O final é um pouco abrupto mas o saldo é positivo.
Régis Trigo | Em 03 de Janeiro de 2017.
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O confinamento dos espaços pra fins dramáticos, a troca de olhares silenciosos, o plano/contraplano: Elkabetz usa os recursos visuais como metáforas da imobilidade e subserviência da mulher na sociedade israelense em pleno Sec. XXI. Lembra "A Separação".
Régis Trigo | Em 03 de Janeiro de 2017.
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Protagonistas em crise de meia idade, a sensação geral de fracasso e de deslocamento em relação à vida, os tempos mortos: Mesmo no ambiente da animação, "Anomalisa" é puro Kaufman. Mas dessa vez, o material não dá caldo e o filme não chega a lugar algum.
Régis Trigo | Em 01 de Janeiro de 2017.
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Há um que de "Fitzcarraldo" e de "Apocalypse Now" na história, contada em tempos diversos, de dois cientistas em busca de uma planta sagrada. Sente-se a paixão pelo projeto, mas é difícil nos envolvermos com os personagens, e, no geral, a admiração é fria
Régis Trigo | Em 01 de Janeiro de 2017.
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Após o belo "Polissia", Maiwenn derrapa com um projeto inesperadamente convencional, na temática (conflitos amorosos) e na forma (mosaico de flashbacks), e que não diz a que veio. Boas atuações, alguns momentos fortes, mas no geral é bem decepcionante.
Régis Trigo | Em 01 de Janeiro de 2017.
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Clint fiel ao seu tema-chave: a desmitificação do herói americano, só que sem a mesma classe habitual. As cenas do acidente são eficientes, mas os flashbacks pouco agregam ao protagonista, a sequência do julgamento é fraca, e o final, frouxo. Cabia mais.
Régis Trigo | Em 31 de Dezembro de 2016.
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Superficial, apressado, e cheio de informações irrelevantes, "De Palma" não passa de um palco sem contraponto para o diretor expor seus métodos e falar sobre Hollywood. Para mim, que se apaixonou por cinema por causa do De Palma, uma decepção total.
Régis Trigo | Em 31 de Dezembro de 2016.
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Sang-soo, em dia de Resnais, explora os potenciais dramatúrgicos de se narrar uma mesma história de formas diversas. A marca do diretor está lá (conflitos amorosos, muita bebedeira, e longos planos fixos), mas o culto ao seu redor, ainda me soa exagerado.
Régis Trigo | Em 22 de Dezembro de 2016.