Lupas (1003)
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O final é meio anticlimático, mas nada que afete o impacto dessa versão fraternal de "Bonnie & Clyde", uma visão de uma América desesperançada, racista, anacrônica, e esquecida pelo tempo. O trio central de atores manda bem. Olho vivo em David Mackenzie!
Régis Trigo | Em 08 de Fevereiro de 2017.
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Não funciona nem como estudo de personagem (Jackie era só uma frágil boneca de porcelana ou uma vaidosa simuladora?), nem como retrato histórico ("JFK" é bem melhor). E Portman, no limite da caricatura, não segura a onda. O mito de Camelot merecia mais.
Régis Trigo | Em 07 de Fevereiro de 2017.
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A porralouquice de "O Virgem de 40 Anos" cedeu espaço para um Apatow mais maduro, uma espécie de James L. Brooks mais jovem, mas nem por isso menos ácido e ferino. Schumer (melhor roteirista do que atriz) e Hader mandam bem. E LeBron James rouba a cena.
Régis Trigo | Em 07 de Fevereiro de 2017.
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Prestigiado nas décadas de 90/00, Hallstrom virou um diretor de encomenda, especialista em filmes sobre cães. E ele bem que sabe manipular a plateia (minha filha soluçava de tanto chorar), mas para o que dele se esperava, "4 Vidas de um Cachorro" é pouco.
Régis Trigo | Em 07 de Fevereiro de 2017.
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Villeneuve cruza "Contato" com "Sinais" e faz dos seus ETs um mcguffin pra falar de humanidade, paz mundial, determinismo, memória, e fluxo do tempo. A estrutura circular, que dá novos significados à obra (inclusive ao título), é um achado. Belo filme!
Régis Trigo | Em 30 de Janeiro de 2017.
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Hong-jin Na dribla as limitações do gênero ao combinar os clichês dos policiais americanos, a fábula de "Contos da Lua Vaga", e o gore de "O Exorcista", e faz de "O Lamento" um terror de primeira. Esses coreanos sempre deixando nossas noites em claro...
Régis Trigo | Em 27 de Janeiro de 2017.
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O formato é convencional, não se dá voz ao outro lado, e, em vez de só criticar, DuVernay poderia sugerir soluções para o problema. As imagens de arquivo são ricas e o tom apartidário é bem-vindo, mas é o tipo de filme que já vem "validado" pelo assunto.
Régis Trigo | Em 26 de Janeiro de 2017.
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A narrativa é apressada e teleguiada, o protagonista é improvável (chef e bad boy?), a psicologia é rasteira (nunca se explica o que houve em Paris), e os atores, desperdiçados (o que a Emma Thompson faz aqui?). O filé de "Pegando Fogo" é mal passado.
Régis Trigo | Em 26 de Janeiro de 2017.
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A direção quadrada, o roteiro fora do tom (devemos rir ou nos compadecer de Florence?), e uma Streep over-the-top, travam uma história das mais ricas, e o filme fica bem aquém do esperado. Pra saber a resposta do título nacional, melhor dar um google.
Régis Trigo | Em 23 de Janeiro de 2017.
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Não há um conflito dramático que impulsione a história, as coreografias são fracas, e o casal central é desequilibrado (Stone > Gosling): a força de "La La Land" vem da música e não da câmera. É gostoso de ver, mas não se iguala à fonte em que se inspira.
Régis Trigo | Em 23 de Janeiro de 2017.
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Misto de "The Others" com "O Sexto Sentido", "Boa Noite Mamãe" acerta quando usa suas armas a serviço do terror: o silêncio, os espaços vazios, e os olhares dos gêmeos. Já o sadismo do último terço passa do tom e compromete o impacto geral. Esperava mais.
Régis Trigo | Em 19 de Janeiro de 2017.
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Perde-se tempo nas lendas da aldeia e certas passagens não se justificam (siri), mas de resto "Moana" vai bem, na força da heroína (que recusa o rótulo de princesa), na autoironia (o frango é um show), e nas canções (que não travam a narrativa). Aprovado!
Régis Trigo | Em 17 de Janeiro de 2017.