Lupas (425)

Passatempo divertido que virará clássico da Sessão da Tarde.

Isla Fisher é uma gracinha, mas o filme mais parece uma variação mal sucedida de 'O Diabo Veste Prada'.

O filme envelheceu principalmente por causa de sua ingenuidade. Mas tem bons momentos, como a entrada do povo de Marselha em Paris e os bem-vindos diálogos cômicos.

É um filme que conhece todas as suas limitações ao contar uma história de vida tipicamente norte-americana, quase um conto de fadas. Sandra Bullock, no papel de mãe adotiva, se escora na contenção, mas demonstra incrível vigor quando necessário.

Começa inteligente e divertido, mas aos poucos vai perdendo o fôlego.

Wes Craven, em início de carreira, tentando simular o cinema de Peckinpah. Tem seus bons momentos, como os de violência explícita, mas não vai muito mais que isso.

Incomoda a narrativa episódica que advém do livro, e Átila Iório foi mal escalado para o papel de Fabiano. Porém, faz muita justiça a Graciliano Ramos e a fotografia é exuberante.

As experimentações de Cocteau, em seu primeiro filme, montam um quebra-cabeça não tão difícil de ser montado. As alusões à 1ª. Guerra e à Freud são muito pertinentes.

Um dos precursores da comédia romântica, é de uma delicadeza, uma sensibilidade... Vigo apresenta imagens que ficam marcadas na memória.

Quando se propõe a ser um diário de viagem, soa pretensioso; quando busca fazer algum estudo político-social, é confuso e superficial.

Se não fosse a participação de Luis Fernando Guimarães e Fernanda Torres, o filme seria um nada, um zero, um total e completo equívoco.

A idéia, genial, é desperdiçada em um filme arrastado, mal desenvolvido e já muito datado.