Lupas (864)

Webb se utiliza de recursos visuais inventivos e da boa química do casal protagonista para contar a tragicômica história de um rompimento, e apesar dos exageros aqui e ali e um final ofensivamente convencional, é bastante honesto em sua mensagem.

Ridley Scott segue pretensioso (mais contido) e traz de volta as questões existenciais pelo personagem do ótimo Michael Fassbender, mas o enredo simplório, diálogos ruins e até mesmo o visual, inferior à Prometheus, tornam 'Covenant' menor que o esperado.

Bem mais pretensioso do que precisava ter sido, 'Prometheus' tenta trazer profundidade e um caminho diferente para a saga, mas a ausência de respostas aos próprios questionamentos não negam sua real natureza de prequel de Alien. A produção é estonteante.

AVP2 parece pegar tudo que havia de pior em ambas as sagas e colocar em uma obra de insuportáveis 90 min. O roteiro por si só é uma pérola, com algum dos piores diálogos já pronunciados no cinema e que nem as cenas de ação e escatologia salvam. Bomba!!!

Paul W.S. Anderson segue com seu cinema pipoca pretensioso, aqui unindo duas das criaturas mais 'cool' do cinema sci-fi de horror, e o que poderia ser um encontro bombástico, resulta em uma obra de execução falha, mas com boas ideias pontuais. Medíocre.

Diferente de Alien, Predador ainda não teve um grande filme de fato, e 'Predadores' não muda esse quadro, mas me surpreendeu a eficaz emulação do formato do original, contando com mais ação e boas surpresas. É o famoso 'desligue o cérebro e divirta-se!'

Confesso que esperava uma bomba, mas o que vi foi um filme de ação ao estilo oitentista, com os mesmos clichês e diversão. Não poupa na violência e expande a mitologia do Predador, mas peca pelo enredo e Danny Glover não tem o carisma do Schwarzenneger.

A direção de gosto duvidoso, atuações canhestras e uma distorção ofensiva da personagem Ripley só não tornam o quarto filme um desastre total devido a segunda metade frenética. O Alien híbrido é ridículo e o final nem de longe tem o impacto do anterior.

Ainda em início de carreira, David Fincher tenta trazer um meio termo dos filmes anteriores, e embora muito inferior à ambos, inclusive pelo excesso de CGI ruim, é corajoso o bastante para seguir rumos arriscados, principalmente no final. Um bom 'Alien'.

Mudando o tom sugestivo do original para uma ação desenfreada, James Cameron expande o universo da saga, transforma Ripley na protagonista feminina definitiva e explora mais do Xenomorph. A parte técnica é irrepreensível. Bate de frente com o anterior.

Carregado de atmosfera, tensão e valores de produção altíssimos (maiores que muitas de suas sequências), 'Alien' mistura Sci-Fi com horror de forma brilhante. Ripley é uma protagonista forte e o Xenomorph é uma das criaturas mais sensacionais do cinema.

Consciente da cafonice característica do programa de tv, a releitura de 2017 dos Power Rangers contém o que se espera de algo vindo desse universo, para o bem e para o mal. O que prevalecerá, depende de sua boa vontade com a marca. Comigo funcionou.