Lupas (759)
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Uma ópera que beira a insanidade entrelaçando real e fantástico em cena, onde Bava orquestra sequências visuais instigantes acompanhados de uma trilha absurdamente sinistra, que até causa apreensão aumentando a escalada do suspense, mas como terror acaba ficando aquém de trabalhos anteriores.
Daniel Borges | Em 24 de Setembro de 2019.
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Impossível não ficar instigado com o mistério que se instaura logo nos minutos iniciais, e a partir disso ser tragado pra dentro desta vila bizarra com seus personagens misteriosos e supersticiosos. Filmado em apenas 12 dias e enfrentando sérios problemas de orçamento, Bava faz mágica em criativas sequências como a câmera do balanço de Melissa, e na perseguição de Paul a ele mesmo. Nunca a sugestão foi tão arrepiante. Filme para rever dezenas de vezes.
Daniel Borges | Em 22 de Setembro de 2019.
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Pelo orçamento irrisório, atores amadores e efeitos duvidosos até que Ossorio consegue extrair algumas sequências bem macabras, como a dos cavaleiros escapando de suas tumbas ao som de uma trilha bizarra, e a do ritual envolvendo uma bela virgem acorrentada. Mas é inegável que o roteiro beira ao ridículo com tudo que envolve o personagem Pedro e a "ressurreição" de Virginia, e um caminhão de conveniências baratas que mais atrapalha do que diverte. Um passatempo descompromissado e ordinário.
Daniel Borges | Em 22 de Setembro de 2019.
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À medida que vamos nos aproximando do final, o suspense em torno da cidadezinha e seus habitantes vai se tornando cada vez mais irresistível, e mesmo que o clímax seja difícil de engolir, é um bom passatempo com um par de mortes memoráveis realizadas por Stan Winston. O que me incomodou foi a ambientação excessivamente escura, sendo indecifrável saber o que está acontecendo em pelo menos três partes importantes da trama. Mesmo assim uma trasheira divertida.
Daniel Borges | Em 15 de Setembro de 2019.
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Desde os primeiros minutos somos captados por uma atmosfera delirante de pesadelo, e convidados a adentrar o castelo assombrado e descobrir os mistérios fantasmagóricos que permeiam o local junto do protagonista. A direção expressionista de Margheriti com seus planos sequências e transições oníricas não nos permite piscar, onde cada minuto neste lugar afetará ainda mais nossa sanidade. Rivière e Steele em papéis memoráveis.
Daniel Borges | Em 15 de Setembro de 2019.
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Não há nenhum momento verdadeiramente assustador aqui, a trama demora muito pra engrenar até superar toda a longa sequência da busca pelos 'artefatos' de cada um, com situações bem convencionais e até previsíveis, além de esquecer personagens de uma hora para a outra, ou até mesmo descartá-los e nunca mais falarem do mesmo. Melhora quando finalmente partem para o embate final, embora seja um pouco anti climático. Diversão rasteira e esquecível.
Daniel Borges | Em 10 de Setembro de 2019.
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“Não há solidão maior que a de um samurai. A não ser talvez aquela de um tigre na selva. Talvez…” Nunca uma frase fez tanto sentido ao iniciar um filme, onde o código bushido será levado até mesmo ao extremo com o harakiri, em uma belíssima reflexão sobre solidão, lealdade, código de honra e traição, tudo isso executado com uma classe quase irreal de Melville e Delon.
Daniel Borges | Em 08 de Setembro de 2019.
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Começando de forma perturbadora, com um punhado de momentos que irão estraçalhar sua mente, Trier e Dillon nos mantém hipnotizados até perto dos atos derradeiros, antes de Jack se transformar em Lars em definitivo e estragar (quase) tudo.
Daniel Borges | Em 01 de Setembro de 2019.
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Já nos créditos iniciais (sem diálogos e com uma trilha espetacular de Bacalov) temos uma amostra do que está por vir. Aqui Di Leo concentra suas atenções para um intricado jogo de traições e reviravoltas, sem se preocupar (com exceção de seu clímax) em realizar grandes tiroteios ou perseguições, num belíssimo registro de uma Itália em radical transformação social e política.
Daniel Borges | Em 27 de Agosto de 2019.
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A cena do roubo da maleta com o helicóptero sobrevoando um trem é de tirar o fôlego, tamanha atmosfera e domínio de Melville, que apesar de não ser o clímax do filme, é o grande momento da produção. Delon e Crenna gigantes em cena (embora falte melhor desenvolvimento na relação de amizade entre os dois, o que aumentaria o peso das consequências na conclusão), enquanto Deneuve soa como uma participação especial. Melancólico e derradeiro trabalho de Melville.
Daniel Borges | Em 19 de Agosto de 2019.
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Possui alguns bons momentos que funcionam, tem atmosfera, o filme é curtinho e não é entediante. Só achei desnecessário encarar como um remake do original, usar os nomes Chucky/Andy, as roupas etc, sendo que as semelhanças param por aí. Esse filme sobreviveria sozinho tranquilamente, pois em nenhum momento lembrei que estava vendo um filme do Brinquedo Assassino, mas de um novo personagem robótico de motivações até simpáticas. No fim, é um bom entretenimento rasteiro.
Daniel Borges | Em 19 de Agosto de 2019.
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Interessante biografia que nos prende do início ao fim com curiosidades devastadoras sobre o homem Ingmar Bergman, contrapondo com toda sua genialidade atrás das câmeras.
Daniel Borges | Em 19 de Agosto de 2019.