Imergindo em um mundo colorido e alucinógico, é impossível não se envolver pela grandeza dos detalhes do País das Maravilhas de Tim Burton. Contudo, a sensação que passa é aquela de "mais do mesmo": Johnny Depp e seus mesmos maneirismos com exagerados tiques; a mesma falha em narrar histórias; entre outros. Isso sem contar no problema de um desfecho bastante clichê. Mia Wasikowska esbanja simpatia e com sua aparência inofensiva conquista, todavia sua atuação se assemelha a Evanna Lynch como Luna Lovegood na grande franquia Harry Potter.
Mas que a união quase que maestral d'Alice nos País das Maravilhas com a d'Alice Através do Espelho e a inspiradíssima atuação de Helena Bonhan Carter merecem as devidas palmas isso não resta dúvidas. A opção 3D também excede as expectativas, mantendo-se tênue e eficiente, cumpre o que promete sem exagerar nos efeitos (destaque para o gato Cheshire, um dos maiores destaques do longa). A Direção de Arte e os figurinos mantem-se competentes como em todos os filmes de Burton. O que torna cômico é a própria Alice. De todos os personagens, esta apresentou o desenvolvimento menos satisfatório, o que, ao meu ver, é decepcionante.
Se você espera um Alice no País das Maravilhas fiel à obra literária, irá se decepcionar. Porém a criatividade e imaginação que o filme apresenta é espetacular e pra lá de original. Para os fãs de Tim Burton, a experiência pode ser rejuvenescedora, entretanto um problema pode surgir para muitos: o filme não consegue cativar.
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