
- Direção
- Justine Triet
- Roteiro:
- Justine Triet (roteiro), Arthur Harari (roteiro)
- Gênero:
- Drama, Policial, Suspense
- Origem:
- França
- Estreia:
- 25/01/2023
- Duração:
- 150 minutos
- Prêmios:
- 81º Globo de Ouro - 2024, 96º Oscar - 2024
Lupas (16)
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Com certeza podia ter uns 30 a 45 minutos a menos, mas passada a primeira meia hora (que é bem maçante), o filme se sustenta no argumento, no texto afiado e nas poderosas atuações.
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'Anatomia de uma Queda' possui um texto muito afiado pois parte da tragédia do assassinato para destacar os meandros de um casamento em colapso, a capacidade das pessoas de se colocarem como autoridade moral e a tendência que as mesmas têm ao sensacionalismo. Um filme que sabe se utilizar da ambiguidade e que prosaicamente demonstra como uma mãe precisa de seu filho, e como um filho precisa de sua mãe.
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Roteiro muito bem construído. Envolvente desde o primeiro minuto. Um retrato agressivo da toxidade de um relacionamento conjugal. Frustração. Inveja. Violência e Misoginia. Grandioso.
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a construção de uma verdade
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Ah essas produções francesas que nos encantam, um suspense policial dramático e inquietante, aos poucos a anatomia de uma queda vai ganhando contornos dramáticos e deliciosamente emblemática... Tribunais que amamos, princialmente quando atos e fatos se funde e se confunde, tanto quanto explicita novos fatos, diálogos longos e ainda assim adoravelmente convincente e hipnotizante, um desfecho diferente, não não menos intenso e inquietante como toda película...
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No começo fiquei extremamente irritado com o fato dos personagens conversarem entre si em inglês e francês (parecia uma bagunça total, depois foi explicado), mas mudando a chave, o filme até tem uma premissa interessante, o enredo se desenvolve bem, em certos pontos instiga até (foi suicídio, acidente ou homicídio?), até a vida bagunçada do casal é interessante, porém o filme se arrasta demais nessas dualidades e te cansa antes do final.
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Do tribunal a reconstituição cronológica dos fatos, o filme entrega um excelente estudo de caso da condição humana num de seus momentos de maior flagelo; a queda. Méritos para excelente atuação de Sandra Huller, que mesmo com um dificílimo papel em mãos mostra extremo comprometimento com a personagem. E também a direção de Triet, por dar espaço e tempo necessários ao espectador para compreensão plena da ideia defendida.
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Nuances de um bom filme, porém achei um final vago de mais. Faltou o ápice, mas nada apaga as boas atuações e trilha sonora.
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A atuação brilhante de Sandra Huller mais o roteiro afiadíssimo faz desse filme um dos melhores dentre os indicados ao Oscar. Tao imprevisível quanto um julgamento são as relações humanas, especialmente dentro de um casamento. A verdade é tao cega quanto a cegueira do menino, a linha tênue entre ser considerado culpado ou inocente é tao frágil quanto o amor dentro de um casamento que vive a margem da culpa e do interesse.
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São várias as ideias contidas no filme: uma investigação sobre as múltiplas realidades da verdade, o desgaste dos relacionamentos, a presença da culpa, a posição da mulher na sociedade moderna, a força da palavra no cerne das situações humanas. É um filme potente, intenso, sempre questionador, não procura soluções simplórias, sabe trabalhar as próprias expectativas. Méritos para o trabalho de Justine Triet. A realizadora soube tirar o melhor da imagem, do texto, da influência dos atores.
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Eu não sou um cinéfilo cult. rs
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O título me fez, erroneamente supor, que estaria diante de um grande filme de tribunal tal qual Anatomia de um crime ( sem citar outros mais óbvios). Este exemplar francês não me conquistou, em geral o texto é pobre, a argumentação é mediana e os personagens pouco carismáticos além de uma direção muito pouco firme que transforma sua duração excessiva em algo maçante, redundante e com muita pouca fluência.
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Merece todo o reconhecimento, por abordar temas tão complexos numa mistura de filme de tribunal com um drama familiar. E é brilhante em deixar mais dúvidas que respostas, para que o espectador reflita após o filme, como bem interpretar. Vale destacar a ótima atuação de Sandra Hüller.
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Apostando num filme de mistério policial muito bem assertivo e interpretado, impressiona o domínio cênico que Justine Triet tem da dupla principal, com uma mãe escritora vivida por Sandra Huller, interpretando uma Sandra, após a morte do seu marido, também escritor, Samuel Theis, interpretando o também Samuel. Daí se percebe a simbiose que há entre o narrado (ficção) e o real, tema este que será cuidadosamente desenvolvido pelos desdobramentos do caso, inserindo o filho deficiente visual.
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Teria funcionado melhor como minissérie em três ou quatro episódios. Na versão filme, se arrasta demais e acaba maçante, como se tivesse mais a dizer e mostrar do que realmente diz e mostra. Hüller, como de hábito, está fantástica e tem um papel difícilimo nas mãos.
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Uma narrativa deliciosa, misturando filme de tribunal (com ótimas cenas do promotor e do advogado de defesa) com drama conjugal/familiar. Tudo muito fluido, limpo.